Vendas externas de milho iniciam setembro em alta, aponta Secex.
Com o fim do vazio sanitário hoje em Mato Grosso, Paraná, Bahia, Rondônia, Maranhão e parte do Pará, o cultivo da nova safra de soja brasileira deve começar já nesta semana. Paralelamente, dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP mostram que os preços seguem firmes no Brasil, sustentados pelo dólar cada vez mais valorizado.
Como o solo está mais úmido no Paraná, é de se esperar que novamente este estado abra a temporada e tenha, no início, ritmo mais intenso de plantio - a exemplo no ocorrido nas duas últimas temporadas, pelo menos. Para o Centro-Oeste, há previsão de pancadas de chuvas apenas para algumas regiões; outras ainda aguardariam condições propícias para iniciar o plantio. Segundo pesquisadores do Cepea, a expectativa é de que a área com soja cresça nesta safra motivada pela projeção de rentabilidade maior que a de culturas concorrentes, como o milho.
Em relação ao milho, com o aumento da competitividade do produto nacional, as exportações do cereal se iniciaram setembro em alta. Na primeira semana do mês, foram exportadas 666 mil toneladas, com ritmo diário de 166,5 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Caso permaneça nesse ritmo, são esperados 3,5 milhões de toneladas exportadas em setembro, quantidade superior às 2,28 milhões de toneladas do mês anterior, mas ainda pouco para que sejam alcançadas as 26,4 milhões previstas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a temporada. De fevereiro até 4 de setembro, saíram dos portos 6,36 milhões de toneladas de milho. Os preços no mercado interno, por sua vez, seguem firmes, com sustentação vinda do dólar valorizado.
Veículo: Jornal do Comércio - RS