Cooperativismo é essencial para fomentar qualidade do café, afirma o CNC

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O presidente-executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, disse, em nota, que o cooperativismo é importante para o fomento da qualidade do café, uma vez que é facilitador do acesso do produtor a recursos técnicos e financeiros para a adoção de boas práticas. "Nesse sentido, pontuou que o PL 1.713/2015, em tramitação no Congresso Nacional, possui viés positivo, uma vez que objetiva elevar a qualidade da produção brasileira do grão.

Segundo o PL, isso seria feito por meio de instrumentos como crédito, seguro, pesquisa e inovação tecnológica, capacitação gerencial, qualificação do trabalhador, associativismo e cooperativismo, certificações e inteligência competitiva, entre outros, servindo como estímulo.

Por outro lado, o presidente do CNC alertou de que é preciso cautela ao criar uma obrigação legal de oferta de linha de crédito para reestruturação produtiva e renovação de cafezais, devido aos possíveis impactos mercadológicos dessa medida. "Por ser uma cultura perene, dada a ciclos de preços e produção, cujas cotações são formadas em um mercado de característica especulativa, deve-se planejar cuidadosamente o estímulo a novos plantios de café, pois as novas variedades, com potencial de produzir maior qualidade de bebida, também tendem a ser mais produtivas, de forma que a introdução em ampla escala dessas inovações tecnológicas no campo pode gerar excedente de oferta e, conseqüentemente, queda de preços, reduzindo a renda dos cafeicultores", ponderou.

Crédito - Em relação à disponibilização de crédito para a cafeicultura, o CNC defende que sejam fortalecidas as competências das vias institucionais existentes e que o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), por meio de seu Comitê Diretor de Planejamento Estratégico (CDPE), continue analisando, elencando e deliberando sobre as prioridades de financiamento ao setor.

A respeito da aquisição de café verde pelo Brasil, Brasileiro disse que a entidade entende a necessidade de debate e não cria objeção às discussões. Entretanto, salientou que o conselho não concorda com medidas que sejam adotadas sem consultas prévias ao setor produtivo, haja vista que uma ação que vise a algo positivo, como a agregação de valor, poderá ter impactos reversos e gerar prejuízos econômicos aos cafeicultores, impactando diretamente as economias de centenas de municípios, resultando em crescimento do desemprego, desaquecimento do setor de serviços e instabilidade social, com aumento dos índices de violência e inchaço nas cidades grandes.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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