Juquinha, a bala mais famosa do País, volta ao mercado nesta segunda-feira

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                            Guloseima que causou comoção nacional ao parar de ser fabricada retoma vendas nesta segunda-feira



Fim da amargura para os órfãos da bala Juquinha. A partir desta segunda-feira, chega a pelo menos 200 lojas no Rio, e a boa parte do País, o primeiro carregamento de 28 toneladas da nova versão da guloseima, cuja cobiçada fórmula secreta foi comprada pelo empresário carioca Antônio Tanque, de 57 anos, e seu filho, Vítor Tanque, de 25. Em maio, o fechamento da fábrica que produzia a bala, em Santo André (SP), conforme O DIA noticiou com exclusividade, causou comoção nacional, com repercussão até no exterior.

Os amantes da Juquinha podem ficar tranquilos. Nunca mais ela faltará nas prateleiras”, garante Vítor. O retorno da distribuição em massa será marcado inicialmente com o sabor mais tradicional, o de tutti-frutti. A partir de outubro, outros quatro — uva, framboesa, morango e maçã-verde — também passarão a ser comercializados.

Para realizar o sonho de milhões de crianças e adultos, a bala passará a ser exportada para mais de 80 países nos próximos meses, 20 a mais que 2014. Vítor e o pai mudaram os planos na última hora e, em vez de uma empresa de Araras (SP), fecharam um contrato para a produção do confeito em Lajeado, a 120 km de Porto Alegre (RS).

A Florestal Alimentos S/A, uma das cinco maiores do Brasil, com fabricação de 700 milhões de doces de 400 tipos diferentes por mês, e a maior da América Latina em confecção de pirulitos planos, se comprometeu em entregar 300 toneladas de balas Juquinha ao longo de seis meses. “Participar da realização do sonho de crianças, adultos e idosos, de poder ter acesso novamente a Juquinha, está sendo um doce prazer”, diz o superintendente comercial da Florestal, André Metz. Depois da espera de três meses, para agradar aos consumidores, um mimo: “Nessa primeira série, o sabor tutti-frutti terá o azedinho um pouquinho mais acentuado”, revela o empresário Vítor.

Para cumprir o contrato com Antônio e Vítor, Metz revela que três segmentos de equipamentos sofreram adaptações. Cada uma das máquinas agora é capaz de cortar a goma no formato quadrado (único brasileiro) e embalar até 600 unidades por minuto.

A volta da Juquinha ao comércio promete incrementar ainda mais o setor de doces, que só no ano passado alcançou R$ 9,2 bilhões em vendas.

Vendedores e consumidores comemoram

Revendedores e consumidores da bala Juquinha estão eufóricos. “Olha quem está de volta!”, anunciou em seu site a Marsil, uma das maiores distribuidoras do país. “Nem acredito!. Oba! O sabor da minha infância voltou!”, comentou a professora de história Inezita Jarbas, 43.
Quase onipresente em lembrancinhas de aniversário de criança por muitas décadas, a marca, que foi fundada em 1945, também faz parte da história econômica do país

Estampada nas propagandas, caixas, pacotes e papéis que envolvem a bala, a figura do menino Juquinha, mascote da marca, sofreu algumas mudanças, sem perder a essência da imagem do lourinho que a consagrou mundo afora, ao longo de seus 64 anos de existência. Além de roupas mais justas, que o remete à saúde e ao esporte, o garoto deixou de ser rechonchudinho e perdeu as sardinhas das bochechas. Agora aparecerá batendo bola, usando quimono, skate e bicicleta.

“Ele passou a ter mais a ver com saúde e com o pique da Olimpíada Rio 2016”, justifica Vítor. De acordo com o empresário, por enquanto não há como dimensionar quantos postos de trabalho a volta da Juquinha produzirá, mesmo diante da crise econômica. “Indiretamente, temos certeza de que serão milhares, contando com toda a cadeia de produção, distribuição e vendas no país e no estrangeiro”, comenta Vítor, lembrando que hoje o Brasil é o terceiro maior produtor de balas, pirulitos e caramelos do planeta.

Ex-camelô, Antônio Tanque comprou a marca e a fórmula ultrassecreta do italiano Giulio Sofio, 77. Sobre valores, ele desconversa. “A Juquinha só tem dois segredos: a fórmula e as cifras”, diz, adiantando que em breve a marca também passará a confeccionar pirulitos, dropes, balas sem açúcar e chicletes.



Veículo: Site Brasil Econômico


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