Chuvas atrapalham colheita de café em Minas

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As chuvas têm atrapalhado os trabalhos e a secagem dos grãos de café em algumas áreas do cinturão produtor do País. Segundo a Climatempo, um sistema de baixa pressão atmosférica que já está posicionado no Sul do Brasil resultará em chuvas na região Sudeste nos próximos 15 dias, principalmente sobre o Estado de São Paulo, no Centro-Sul e no Cerrado de Minas Gerais.

Em recente levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) sobre o andamento da safra 2015/16 nas diferentes origens nacionais, foi constatado a preocupação dos produtores com a umidade neste período de colheita. Há risco de depreciação da qualidade dos grãos de arábica, principalmente no Cerrado mineiro, cuja produção foi bastante afetada pelas condições climáticas adversas do ano passado.

Em relação ao mercado, na quarta-feira passada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou mais dois leilões de café. O primeiro, com Aviso de Venda nº 71, comercializou 728 sacas de 60,5 kg do produto (44,044 toneladas), ou 35,83% do total de 1.304 sacas (123 toneladas) ofertadas. O arremate ocorreu pelo preço inicial de R$ 305,525/saca (R$ 5,05/kg), gerando arrecadação total de R$ 221.981,76 pelo grão que estava depositado em armazéns do Espírito Santo. Já o Aviso de Venda nº 72 não teve interesse comprador.

De acordo com relatório semanal divulgado pelo Conselho Nacional do Café (CNC), as cotações futuras do grão voltaram a cair na semana, chegando a atingir os níveis mais baixos desde janeiro de 2014. Pesam negativamente sobre o mercado a valorização do dólar e a multiplicidade de estimativas de safra.

O vencimento julho do Contrato C foi cotado a US$ 1,2515 por libra-peso, acumulando queda de 225 pontos em relação ao desempenho do dia 22 passado. Na ICE Futures Europe, as cotações do robusta também apresentaram desvalorização. Na quinta-feira, o vencimento julho/2015 encerrou o pregão a US$ 1.622 por tonelada, com perdas de US$ 4 na semana.

Movimentação - O mercado físico brasileiro seguiu com fraca movimentação, já que os vendedores estão retraídos. Na quinta-feira, o valor do indicador calculado pelo Cepea para o café arábica foi de R$ 409,83/saca, com queda de 1% em relação ao final da semana anterior. Já o indicador do conilon manteve-se no mesmo patamar da última sexta-feira, sendo contado a R$ 290,80/saca.

O Cepea avalia que o atual nível de preços, aquém das expectativas dos produtores, pode postergar a oferta efetiva dos lotes da safra corrente. Um forte indicativo desta tendência é a menor quantidade de vendas antecipadas dos grãos a serem colhidos em relação ao mesmo período do ano passado.

Na semanama, o CNC participou, e foi apoiador institucional, da degustação de produtos superiores e especiais na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), realizada, na quinta-feira passada, em homenagem ao Dia Nacional do Café (24 de maio), pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, sigla em inglês), pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) e pela Frente Parlamentar Mista do Café.

Conforme a organização do evento, foram servidas 4,6 mil doses da bebida a milhares de pessoas que transitaram pela área de exposições, no hall da taquigrafia do Anexo II, entre as quais aproximadamente 300 parlamentares que prestigiaram a degustação. De acordo com o presidente do CNC, Silas Brasileiro, "a ação teve total êxito, dando os devidos valor e reconhecimento à bebida mais querida do Brasil".




Veículo: Diário do Comércio - MG


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