Estiagem afeta o setor agropecuário

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O resultado ruim da agropecuária mineira em 2014 decorreu dos efeitos da estiagem sobre a agricultura, o que culminou em perspectivas negativas ou mais desfavoráveis em relação à economia brasileira nas safras de culturas de peso na economia estadual, como o café, a batata-inglesa, a primeira safra do milho, a segunda safra do feijão e a banana.

Além disso, culturas com uma importância maior na pauta agrícola nacional apresentaram desempenho muito acima do observado em Minas Gerais, caso da soja, da mandioca, do algodão herbáceo e do arroz.

De acordo com o especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental e técnico da FJP Thiago Almeida, os efeitos da estiagem na agricultura do Estado foram mais severos que o conjunto da economia nacional, por isso a queda de 4,1% no volume do valor agregado pela atividade em Minas Gerais.

Na indústria mineira, o segundo resultado anual negativo consecutivo pode ser explicado pela retração de -4,8% no volume agregado pela indústria de transformação, que teve resultados desfavoráveis principalmente na produção de bens de capital e duráveis, como na fabricação de automóveis e de máquinas e equipamentos.

O cenário desfavorável da indústria de Minas em 2014 também é resultado da queda de -4,9% na construção civil e pelo decréscimo de -1% na produção de eletricidade e saneamento.

Já nos serviços, a estagnação do resultado refletiu a compensação do crescimento nas atividades do setor imobiliário e de aluguéis (3%), dos serviços de transporte, armazenagem e correios (1,2%) e da administração pública (0,4%) pela retração do nível de atividade no comércio (-1,2%) e no agrupamento de "outros serviços" (-1,6%) - que inclui os serviços de manutenção e reparação, alojamento e alimentação, informação e comunicação, intermediação financeira, serviços prestados às empresas, saúde e educação mercantis, serviços prestados às famílias e associativos, e serviços domésticos.


Ciclo - O coordenador do CEI destaca aqui que o ciclo econômico é mais intenso em Minas Gerais, por isso, quando a economia brasileira cresce, o Estado cresce um pouco mais, mas quando a do país cai, a queda também é mais acentuada.

"Desde 2013 o pessimismo nas expectativas dos produtores foi agravado pelo acúmulo de estoques indesejados e pela deterioração do cenário político brasileiro. Esse pessimismo, aliado à elevação da taxa de juros em âmbito nacional, resultou em uma queda nos investimentos e na estagnação econômica em 2014. O peso dos setores que mais desaceleraram na economia foi maior em Minas Gerais, como o minério de ferro, metalurgia e indústria de automóveis, e a produção de café, por sua vez, foi afetada pela falta de chuvas", conclui.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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