Lalka já produz 20 toneladas por mês

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Empresa com 90 anos de mercado tem, hoje, 11 pontos de venda, 10 deles em Minas e um em Santos (SP)

 



Uma das mais tradicionais marcas mineiras de chocolate completa 90 anos de mercado em julho deste ano. A Lalka, substantivo polonês que em português significa boneca, foi fundada em 1925 pelo então baleiro Henry Grochowski. Hoje, a empresa mantém uma fábrica com capacidade para produzir até 50 toneladas mensais, entre 20 sabores de balas, sorvetes e outros 150 tipos de chocolate.

O polonês Grochowski desembarcou no Brasil em 1912, dois anos antes do início oficial da Primeira Guerra Mundial. A princípio, fixou residência em Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, onde trabalhou em uma fábrica de balas e caramelos. Após conhecer Belo Horizonte, decidiu se mudar para a cidade e fundou a própria fábrica de balas no bairro Floresta, na região Leste, no mesmo endereço em que funciona até hoje.

Nos anos 20, o empreendedor vendia a produção em um quiosque instalado embaixo de uma abrigo do bonde na avenida Afonso Pena, no centro da cidade. As balas também eram comercializadas em alguns cinemas da cidade, como o Cine Theatro Brasil. As primeiras lojas começaram a ser inauguradas na década de 1930, sendo que a primeira, aberta no mesmo endereço da fábrica, permanece em funcionamento.

Atualmente, são 11 pontos de venda, sete na capital mineira e os demais distribuídos entre Conceição do Mato Dentro (região Central), Poços de Caldas (região Sul), Sete Lagoas (região Central) e Santos, no interior de São Paulo. De acordo com o gerente de Logística e bisneto do fundador, Fernando Grochowski, 90% delas são administradas por membros da própria família.

Neste exercício, nenhuma outra unidade exclusiva da marca deverá ser inaugurada. Contudo, a empresa pretende intensificar a presença de seus produtos em padarias e minimercados. As guloseimas da marca já podem ser encontradas em 20 estabelecimentos distribuídos entre Rio de Janeiro, São Paulo e outras cidades do interior de Minas Gerais. "Pretendemos conquistar mais clientes, mas, para isso, precisamos ser criteriosos", observa.

Fábrica -
Em meados dos anos 2000, a organização ampliou a capacidade de produção da planta. Hoje, ela fabrica, em média, 20 toneladas mensais, mas é capaz de produzir até 50 toneladas em idêntico intervalo de tempo. A quantidade, segundo Grochowski, seria suficiente para abastecer até 20 operações exclusivas da rede. Neste momento, a Lalka emprega 60 funcionários.

Apesar de estar há nove décadas no mercado, a empresa continua crescendo. Em 2015, a expansão prevista na comparação com 2014 é de 5%. O índice, embora inferior à média dos dois anos anteriores, quando o avanço variou entre 8% e 10%, é considerado positivo para o período de crise. "A atual situação econômica do país reflete-se diretamente no comércio, mas traçamos estratégias para reverter essa situação", diz. O valor do faturamento é mantido em sigilo.


Páscoa -
Segundo o gerente, o objetivo é não depender exclusivamente da tradição, pois um passado bem-sucedido não garante bons resultados no futuro. Portanto, a Lalka aposta, sobretudo, em lançamentos. Nesta Páscoa, por exemplo, ela lançou o seu próprio ovo de colher e um ovo especial em comemoração aos 90 anos, recheado com quatro tipos de chocolate.

Ao combinar os novos produtos a outros que fazem história, a Lalka consegue atender um público diversificado. "Percebemos que o gosto pelos nossos produtos atravessam gerações. Agradamos tanto crianças, que vêm acompanhadas dos pais e avós, quanto adolescentes e jovens adultos", observa Grochowski. Embora o mix esteja cada vez mais diversificado, ele admite que as balas ainda são o carro-chefe. "Elas são exclusivas, pois a receita é do meu avô. Por isso, nenhum concorrente tem como fazer igual", afirma, em tom bem-humorado.


Exposição - A história da Lalka é tema de exposição gratuita em cartaz no Minas Shopping até o dia 5 de abril. O horário de visitação é o mesmo do funcionamento do shopping, das 10 horas às 22 horas. Por meio dela, é possível obter outros detalhes e informações a respeito da trajetória da empresa.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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