Setor de biscoitos e massas fatura 11,5% a mais em 2014

Leia em 3min 30s

Juntas, as categorias de biscoitos, massas alimentícias, pães e bolos

industrializados atingiram o faturamento de R$ 32,2 bilhões

 

 



A Associação Brasileira das Indústrias Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos industrializados (ABIMAPI), em parceria com a consultoria Nielsen, divulga hoje os dados referentes ao crescimento do setor em 2014. Juntas, as três categorias representadas pela entidade movimentaram um total de R$ 32,2 bilhões, crescimento de 11,5% em relação a 2013. Em volume o setor se manteve estável, com cerca de 3,3 milhões de toneladas vendidas, assim como no consumo per capita, na casa dos 17kg/ano.


Biscoitos
O faturamento das indústrias de biscoitos cresceu 10,56%, atingindo a marca dos R$19,671 bilhões em 2014. Assim como o setor num todo, esta categoria mostrou estabilidade em relação ao volume - mantendo-se em 1,7 milhão de tonelada - e ao consumo per capita, com 8,4kg/ano. "Os dados refletem o comportamento do consumidor que diminuiu sua frequência de compras, mas incluiu na cesta de alimentos produtos com alto valor agregado, como por exemplo os cookies e os doces especiais", explica Claudio Zanão, presidente executivo da ABIMAPI. Esses dois tipos de biscoitos, inclusive, são os principais impulsionadores para o crescimento da categoria e registraram aumento de 23% e de 3,5% em volume de vendas, respectivamente.

Em comparação aos últimos três anos a categoria dos biscoitos avançou 24,6%, segundo a pesquisa. Neste período, os cookies foram os que mais cresceram (104,8%), seguidos dos doces especiais (40,2%) e das rosquinhas (32,4%).


Massas alimentícias
O mercado de massas alimentícias movimentou R$ 8 bilhões, registrando um aumento de 10,35% frente ao faturamento de 2013. Diferentemente dos dois últimos anos, quando a massas frescas apresentaram maior crescimento, desta vez a alta foi alavancada principalmente pelos segmentos das instantâneas (12,3%) e das secas (9,6%), com faturamentos de R$ 2,531 bilhões e R$ 4,854 bilhões, cada um.

O crescimento no faturamento reflete a aceleração da alta de custos, principalmente do trigo, no setor de massas alimentícias. "Diversidades climáticas tiveram impacto significativo sobre a indústria de alimentos no mundo. As commodities ficaram mais caras e os fabricantes tiveram que repassar ao preço final os aumentos das matérias-caras. No entanto, no caso do macarrão o impacto no consumo foi baixo uma vez que se trata de um produto muito barato", diz Zanão.

Assim como nos últimos anos, o Brasil permanece como terceiro consumidor mundial de massas, com 1,275 milhão de toneladas, atrás dos Estados Unidos e da Itália, primeira no ranking. O consumo per capta em 2014 manteve-se em 6kg/ano.
Ainda segundo a pesquisa ABIMAPI/ Nielsen, a comparação dos dados de 2012 com os atuais mostra que as massas em sua totalidade cresceram 24% em faturamento. Neste período, as secas apontaram maior crescimento (25%), seguidas pelas instantâneas, com 33%.


Pães e bolos industrializados
O cenário da categoria de pães e bolos industrializados também foi positivo em 2014. Os chamados "pães de forma" expandiram em 19% o faturamento em relação a 2013, atingindo R$ 3,8 bilhões. Em volume, o aumento foi de 7,6% alcançando a marca de 358,3 mil toneladas; o consumo per capita registrado chegou aos 2,3kg/ano. As comparações destes mesmos dados com os referentes a 2012, mostram a crescimento de 9,5% nas vendas e 32% no faturamento.


Em relação aos bolos industrializados, o segmento evoluiu 14% no faturamento no ano passado em relação ao anterior, totalizando R$ 685 milhões. O valor é 32% superior ao registrado há três anos. Em volume, o total de vendas em 2014 atingiu 31,3 mil toneladas, ou seja, aumento de 8% em relação a 2013. Nos últimos três anos, o volume total de vendas do produto expandiu cerca de 13,6%.

"Esta última categoria ainda representa um mercado pequeno e tem muito espaço para crescer. Enquanto os biscoitos e as massas alimentícias têm penetração de 99,6% nos lares brasileiros, os pães e bolos industrializados apresentam 76,2% e 50,7%, respectivamente", conclui Zanão.

 

 

 

Assessoria de Comunicação da ABIMAP


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