Balança comercial agrícola gaúcha sobe 3,26%

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Rio Grande do Sul exportou, em janeiro e fevereiro, US$ 1,143 bilhão em produtos provenientes da agropecuária

 



O saldo da balança comercial do agronegócio no Rio Grande do Sul, no primeiro bimestre de 2015, foi de US$ 974,4 milhões, um crescimento de 3,26% em relação ao resultado do mesmo período de 2014. Os dados foram apresentados ontem, em relatório divulgado pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). Destaca-se o balanço positivo do trigo, que passou de US$ 19 milhões negativos para US$ 155,7 milhões.

O Rio Grande do Sul exportou, em janeiro e fevereiro deste ano, cerca de US$ 1,143 bilhão em mercadorias que provêm do agronegócio, um aumento de 3% na comparação com o acumulado do mesmo período de 2014. Comparando-se os valores acumulados dos anos de 2014 e 2015, observa-se o resultado positivo dos cereais (176,79%) e de fumo e seus produtos (20,84%). O maior resultado positivo foi no trigo, que passou de US$ 5 milhões no primeiro bimestre de 2014 para US$ 185 milhões no mesmo período de 2015, um crescimento de 3.596,30%. Os principais resultados negativos ficaram por conta do complexo soja (-11,48%) e das carnes (-13,34%), destacando-se a contração de 99,02% na soja em grãos, de US$ 58 milhões nos dois primeiros meses de 2014 para US$ 576 mil no mesmo período de 2015.

O Estado importou, no primeiro bimestre de 2015 cerca de US$ 169 milhões em mercadorias do agronegócio, um acréscimo de 1,55% frente ao mesmo período em 2014. Apresentaram queda nas importações os grupos complexo soja (-32%), carnes (-16,84%), preparações a base de cereais (-36,40%), frutas (-12,59%) e fumo e seus produtos (-49,4%). Houve crescimento nas compras externas nos grupos cereais (49,17%), animais vivos (747,11%), produtos e subprodutos da indústria de moagem (82,55%) e lácteos (167,97%).

Em relação aos parceiros comerciais do agronegócio gaúcho no período de janeiro e fevereiro de 2015, observa-se que o principal destino foi a União Européia, com 25,55% do total e US$ 292 milhões em receita, ainda que tenha sofrido uma queda de 3,08% em relação ao mesmo período de 2014. O segundo principal destino foi a Coreia do Sul com US$ 71,3 milhões (6,24% do total), valor 96,11% maior do que o verificado no mesmo bimestre de 2014. O mercado dos Estados Unidos foi o terceiro principal destino com US$ 70,4 milhões (6,16% do total) e com um aumento de 8,02% na mesma base de comparação. A Tailândia foi o quarto maior destino com US$ 69,1 milhões, com crescimento de 2.298,31%.

Quanto às importações, o principal exportador de produtos do agronegócio para o Rio Grande do Sul é o bloco de países do Mercosul, responsável por 65,27% do total importado e pela quantia de US$ 110,3 milhões. Em segundo lugar aparece a União Européia com 8,58% do total e o valor de US$ 14,5 milhões. A China aparece em terceiro lugar com 5,42% do total e US$ 9,1 milhões, um crescimento de 48% em relação ao mesmo período de 2014. Em quarto lugar aparece os Estados Unidos, com US$ 8,7 milhões - valor 32,31% menor do que o verificado em 2014 -, que corresponde a 5,18% do total.

Cinco estados somam US$ 3,22 bilhões nas vendas externas agrícolas do Brasil em fevereiro

Os cinco estados que mais exportaram produtos do agronegócio em fevereiro de 2015 alcançaram a soma de somaram US$ 3,22 bilhões, o que representa uma participação de quase 66%. De acordo com o Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat), em primeiro lugar está São Paulo, com US$ 971,70 milhões, seguido pelo Paraná, com US$ 626,51 e Mato Grosso, com US$ 573,42 milhões. Em quarto colocado ficou o Rio Grande do Sul, com US$ 540,56 milhões, e em quinto, Minas Gerais, com US$ 506,12 milhões.

O complexo sucroalcooleiro foi o principal setor exportador do estado de São Paulo no mês, somando US$ 254,91 milhões. Deste valor, US$ 210,56 milhões são de açúcar de cana ou beterraba, US$ 41,18 milhões são de álcool e US$ 3,16 milhões de demais açúcares. Em seguida, o destaque é do setor de carnes, com a cifra de US$ 158,42 milhões, sendo US$ 125,27 milhões em carne bovina e US$ 30,78 milhões em carne de frango. Por último, estão os sucos, com US$ 156,67 milhões, com destaque para o suco de laranja, que atingiu US$ 155,4 milhões em fevereiro.

No Paraná, o setor de carnes foi o maior exportador do mês passado, com a soma de US$ 194,48 milhões, sendo US$ 172,22 milhões em carne de frango, US$ 8,92 milhões em carne de peru, US$ 6,82 milhões em carne suína e US$ 4,38 milhões em carne bovina. Em seguida, ficou o complexo soja, que alcançou o montante de US$ 172,27 milhões. No setor, a soja em grãos ficou em primeiro, com US$ 82,45 milhões, seguida pelo farelo desoja, com US$ 59,27 milhões e óleo de soja, com US$ 30,55 milhões.

O complexo soja ficou em primeiro lugar nas exportações do Mato Grosso, com o valor de US$ 288,04 milhões. O destaque foi a soja em grão, que somou US$ 146,10 milhões, seguida pelo farelo de soja, com US$ 117,82 milhões, e óleo de soja, US$ 24,12 milhões. Em segundo lugar, ficaram os cereais, com US$ 131,81 milhões, seguidos pelas carnes, com US$ 94,31 milhões.

Ocupando o primeiro lugar nas exportações do Rio Grande do Sul, o setor de carnes atingiu US$ 120,62 milhões. Deste valor, US$ 78,33 milhões são de carne de frango, US$ 21,27 milhões de carne suína e US$ 12,58 milhões de carne bovina. Em segundo lugar, o fumo e seus produtos, com US$ 109,19 milhões, seguidos pelos cereais e farinhas, com US$ 108,86 milhões.

Em Minas Gerais, o destaque é do setor cafeeiro, que exportou, em fevereiro de 2015, US$ 333,75 milhões. Em segundo, as carnes, com US$ 58,69 milhões, sendo US$ 26,63 milhões de carne bovina, US$ 21,88 de carne de frango, US$ 5,12 de carne suína. Em terceiro, estão os produtos florestais, com US$ 49,44 milhões.
Projeção do preço referência do leite ao produtor para março é de R$ 0,8074, informa Conseleite-RS

Na reunião do Conselho Paritário do Leite do Rio Grande do Sul (Conseleite-RS), realizada ontem na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), em Porto Alegre, o estudo da Universidade de Passo Fundo (UPF) mostrou que a projeção do preço de referência do leite padrão em março é de R$ 0,8074, representando uma elevação de 9,54% em relação a fevereiro passado.

Para o presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, a elevação deve-se à queda de até 20% da produção no campo, à normalização do consumo com a retomada das aulas e à demonstração de recuperação do mercado internacional. "Esse cenário vem ao encontro da necessidade de recuperação dos números pela indústria, o que é importante para a cadeia láctea", disse o dirigente.

Em fevereiro, o preço de referência ficou em R$ 0,7371, enquanto a projeção feita na reunião anterior era de R$ 0,7382, o que representa diferença de R$ 0,0011, ou variação -0,14%. Nos últimos três meses (janeiro, fevereiro e março), os preços de referência do leite padrão apresentaram alta média de 9,80%, levando em conta que o valor de março, o maior responsável pela elevação, é projetado.

O Conseleite reúne representantes da indústria láctea e produtores para estabelecer mensalmente o preço de referência leite padrão pago ao produtor. Esse sistema de valoração do produto, baseado em estudo técnico da UPF, premia, com melhor remuneração, a qualidade e a produtividade oferecida pelos produtores, que recebem da indústria de 10% a 20% a mais do valor. O preço pago ao produtor está condicionado ao valor que a indústria obtém na negociação com o varejo para os seus produtos.



Veículo: Jornal do Comércio - RS


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