VBP em Minas é estimado em R$ 51,5 bilhões

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Valorização do café, principal produto do agronegócio mineiro, e do boi gordo foi o destaque do segmento

 



Em fevereiro, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Minas Gerais, estimado para este ano, foi calculado em R$ 51,5 bilhões, resultado que supera em 6% o VBP registrado em 2014. A valorização do café, principal produto do agronegócio mineiro, feijão, batata e boi gordo foram os principais impulsos para a expansão do valor da produção. Os dados foram divulgados ontem pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg).

De acordo com o relatório, a produção agrícola foi avaliada em R$ 29,7 bilhões, aumento de 11,8% quando comparado com os R$ 26,5 bilhões registrados em 2014. A participação da agricultura na composição total do VBP de Minas Gerais é de 57,59%.

Dentre os produtos, destaque para o café, cujo valor da produção foi estimado em R$ 11,1 bilhões, valorização de 17%. O produto, que responde por 21,65% do VBP estadual, está com os preços em alta. A saca de 60 quilos é negociada a R$ 480,45, preço 14% superior ao praticado em igual período de 2014. Em relação à produção, a estimativa é de aumento de 2,7%, com a colheita de 23,2 milhões de sacas de 60 quilos.

Para a coordenadora da assessoria técnica da entidade, Aline Veloso, os resultados do café ainda são preliminares e poderão mudar ao longo dos próximos meses. "Ainda que o crescimento da produção seja bem pequeno, em função de reversão da bienalidade em algumas áreas, lembramos que o resultado de fevereiro ainda não considera os efeitos da estiagem registrada no início do ano. Precisamos acompanhar ao longo do tempo porque sabemos que a safra foi prejudicada, mas ainda não foi possível calcular as perdas", explica.


Feijão - Outro produto que apresentou valorização significativa foi o feijão. De acordo com os dados da Faemg, o VBP da cultura foi estimado em R$ 1,19 bilhão, alta de 32,6% em relação à 2014. O aumento se deve a valorização do grão, uma vez que o quilo foi avaliado em R$ 2,16, alta de 36,7%. A produção deve recuar 3% em 2015, com a colheita de 556 mil toneladas.

"O feijão apresentou variação negativa de 3% na produção, isso em decorrência da estiagem, que atrasou o início do plantio e também pelo vazio sanitário obrigatório em algumas importantes regiões produtores, com a menor oferta os preços estão mais valorizados", ressalta.

No caso do milho, produto que responde por 5,73% do total estadual, o VBP deve ficar 4,1% superior, somando R$ 2,9 bilhões. A variação positiva tem como base os preços mais altos. A saca de 60 quilos é negociada a R$ 25,8, valor 5% maior que o registrado em igual período de 2014.

Com os preços e a produção em ascedência, o VBP do abacaxi, estimado para 2015, apresentou alta de 17,9% com a cultura avaliada em R$ 1,69 bilhão. Mesmo caso ocorreu na produção de banana, cujo VBP foi estimado em R$ 805 milhões, aumento de 26,9%.

Mesmo com queda de 2% na produção de batata, 1,17 milhão de toneladas, o VBP da cultura deve encerrar o ano com valorização de 66,9% e avaliado em R$ 1,7 bilhão.

Alguns produtos devem apresentar resultados negativos em 2015, como a soja, por exemplo. A cultura da oleaginosa teve o VBP estimado em R$ 3,49 bilhões, queda de 0,8%. A redução está ligada à queda dos preços, 7,5%. A produção deve ficar 7,2% maior, com a colheita de 3,5 milhões de toneladas. "A influência da safra de outros países, principalmente, dos Estados Unidos, vem provocando a queda dos preços da soja", ressalta Aline.

O VBP do algodão foi estimado em R$ 144 milhões, retração de 17,2%. Tanto a produção como os preços pagos pelo produto estão em queda. Minas Gerais deve colher 69 mil toneladas em 2015, volume 5% menor. Em relação aos preços, a queda foi de 12,8%. Já o O VBP da cana-de-açúcar, calculado em R$ 4,5 bilhões, deve manter a estabilidade em relação a 2014, com pequena variação positiva de 0,1%.


Pecuária -
O Valor Bruto da Produção (VBP) da pecuária foi estimado em R$ 21,8 bilhões, retração de 1,1% em 2015 ante 2014. A atividade responde por 42,41% do VBP agropecuário do Estado.

No segmento, destaque para o VBP do boi gordo, R$ 7,8 bilhões, alta de 16%. O preço da arroba em torno de R$ 135,9 estão 16% maiores que os praticados em igual período do ano passado. O VBP dos suínos foi estimado em R$ 2,1 milhões, alta de 1,9%. O VBP dos ovos alcançou R$ 854,3 milhões, variação positiva de apenas 1%.

No caso do frango houve queda de 1,8%, com o VBP estimado em R$ 1,94 milhão. No leite a queda foi de 12,9%, com a produção avaliada em R$ 9 bilhões.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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