Café puxa o valor da agropecuária mineira

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Valor Bruto da Produção, levantado pela Faemg, teve incremento de 6,2% no início do ano

 



A projeção do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) para Minas Gerais, em 2015, com base nos preços médios praticados em janeiro, foi calculada em R$ 51,4 bilhões, incremento de 6,2% se comparado com a avaliação de igual período de 2014, quando o VBP foi calculado em R$ 48,4 bilhões. O incremento se deve à valorização do café, principal produto do agronegócio mineiro, que teve os preços alavancados no último mês.

De acordo com dados da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), o VBP da agricultura para a safra 2014/15 encerrou janeiro com incremento de 11,6%, enquanto a pecuária recuou 0,3%.

O VBP agrícola foi calculado em R$ 29,4 bilhões, elevação de 11,6% frente aos R$ 26,4 bilhões registrados em igual período do ano anterior. O segmento responde por 57,34% do VBP total do Estado. De acordo com a Faemg, os dados são preliminares e não levaram em conta a estiagem prolongada em janeiro, o que afetou o desenvolvimento das culturas.

O café foi o principal destaque. De acordo com os dados da Faemg, o VBP da cultura foi estimado em R$ 11,16 bilhões, valorização de 17,6% frente a janeiro do 2014, quando a produção estava avaliada em R$ 9,4 bilhões. O grão responde por 21,71% do VBP total de Minas Gerais.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção mineira do grão em 2015 será de 23,5 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa um incremento de 2,7% sobre o volume colhido em 2014. O principal fator que contribuiu para o aumento significativo do VBP do café foi a valorização dos preços. Em janeiro de 2014, o valor médio pago pela saca de 60 quilos era de R$ 419,36. Já em janeiro de 2015 o mesmo volume foi negociado a R$ 480,1, alta de 14,5%.

Soja - O VBP de soja foi estimado em R$ 3,7 bilhões, o que se alcançado representará um acréscimo de 8,2%. A cultura da cana-de-açúcar, que responde por 8,79% do VBP do Estado, foi avaliada em R$ 4,5 bilhões, pequena variação negativa de 0,8%.

No caso do milho, com a estimativa de aumento na produção, de 4,4%, e os preços mais valorizados, de 4,7%, é esperado incremento de 9,3% no VBP, calculado em R$ 3 bilhões. O cereal responde por 6,01% da composição do VBP estadual.

Para o feijão, a previsão é de um VBP de R$ 1,07 bilhão, o que se alcançado representará um crescimento de 19,4%. A alta significativa se deve aos preços mais valorizados. Em janeiro de 2014, o quilo do feijão era negociado a R$ 1,57, enquanto em janeiro de 2015 o volume foi comercializado a R$ 1,88, variação positiva de 19,9%.

A valorização dos preços também deve contribuir para a expansão do VBP da batata, cujo valor foi estimado em R$ 1,7 bilhão, aumento de 67,1%. A cotação do produto fico 70% maior em janeiro de 2015, quando comparado com igual mês de 2014, com o quilo negociado a R$ 1,45.

No caso do algodão, os preços baixos pagos pelo produto, desde meados de 2014, desestimularam o plantio e contribuíram para a queda do VBP. A cultura foi avaliada em R$ 140,3 milhões, retração de 18,9%.

O aumento da produção de abacaxi, 7,6%, aliado aos preços mais valorizados, 5,6%, foram fundamentais para o crescimento de 13,6% no VBP que foi calculado em R$ 1,6 bilhão. O VBP da banana apresentou alta, 16,1%, com a produção avaliada em R$ 733,4 milhões. A produção de laranja foi avaliada em R$ 351,6 milhões, alta de 3,8%.


Pecuária - Ao contrário da agricultura, o VBP estimado para a atividade pecuária apresentou retração de 0,3%, com a atividade avaliada em R$ 21,9 bilhões, frente aos R$ 22 bilhões registrados em janeiro de 2014. O setor participa com 42,66% da composição do VBP estadual. Os dados têm como base

No segmento, a maior queda no VBP foi registrada na produção de leite, cujo VBP foi estimado em R$ 9 bilhões, queda 12,1% frente aos R$ 10 bilhões registrados em janeiro de 2014. A queda está atrelada aos preços mais baixos pagos pelo leite. Em janeiro de 2014 o litro era negociado a R$ 1,10, valor que ficou 12,1% inferior em janeiro de 2015.

O VBP dos ovos retraiu 9,4% encerrando janeiro avaliado em R$ 770,3 milhões. Queda também no frango, 3,6%, com VBP estimado em R$ 1,9 bilhão.

O VBP do boi gordo apresentou incremento de 17,2%, com a produção avaliada em R$ 7,9 bilhões. Na produção de suíno o VBP ficou 7,8% maior e encerrando janeiro estimado em R$ 2,2 bilhões.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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