Área de cultivo e colheita do grão deverão bater novos recordes no Brasil em 2014/15

Leia em 1min 40s

São cada vez mais nítidos os sinais de que os produtores brasileiros se preparam para semear mais uma safra recorde de soja, mesmo que todas as projeções indiquem que as margens serão bem mais apertadas do que nas últimas temporadas.

Ontem foi a vez de a FCStone corroborar a tendência. Conforme a consultoria, o plantio, que começará em meados de setembro, deverá cobrir 31 milhões de hectares no país no ciclo 2014/15, 2,9% acima da estimativa oficial da Conab para 2013/14 (30,1 milhões).

"Mesmo com preços da soja em queda, refletindo um cenário internacional de maior folga no balanço de oferta e demanda, os produtores brasileiros devem continuar o ciclo de expansão dos últimos anos", diz boletim da consultoria divulgado ontem.

Considerando-se uma produtividade média "normal" (2.978 quilos por hectare), sem a interferência de adversidades climáticas graves, a colheita poderá alcançar, de acordo com a FCStone, 93 milhões de toneladas - que, se confirmada, também será recorde. Na safra 2013/14, conforme a Conab, a produtividade média foi de 2.865 quilos por hectare e a produção chegou a 86,3 milhões de toneladas.

A consultoria observa que a ocorrência do fenômeno El Niño, desde que moderado, poderá beneficiar o desenvolvimento das lavouras em muitas regiões produtoras do país, sobretudo naquelas em que o padrão climático costuma ser mais instável, como o Sul.

Também como já apontaram outras projeções, a FCStone estima que boa parte do avanço da soja se dará em áreas que foram ocupadas pelo milho em 2013/14. O plantio do cereal, segundo a consultoria, deverá ocupar 6,2 milhões de hectares na temporada de verão de 2014/15, 6,7% menos do que estimou a Conab para o ciclo passado (6,6 milhões de hectares).

"Uma redução de área na primeira safra já era esperada, em meio ao contexto de preços baixos do milho, com os produtores dando preferência para a soja. Como existe a possibilidade de plantio de uma segunda safra, a tendência é que a produção se concentre mais no inverno, como já vem sendo tendência", afirma a FCStone. Com um clima "normal", a colheita de verão poderá alcançar 31 milhões de toneladas, recuo de 2,1%.



Veículo: Valor Econômico


Veja também

Cesta básica em Salvador está entre as mais baratas

O valor da cesta básica caiu em agosto em todas as 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Est...

Veja mais
TNT amplia participação no setor calçadista

A TNT Mercúrio, empresa que atua com transporte de carga expressa, tem se destacado pela atuação no...

Veja mais
Preço do leite pago ao produtor fica praticamente estável em agosto

Lucratividade em Minas está garantida Apesar do aumento de 2,5% na captação de leite em Minas Gera...

Veja mais
Produção do setor têxtil pode cair até 5%

No primeiro semestre deste exercício, segmento em Minas registrou recuo de 8,5%, segundo dados da Abit A combina...

Veja mais
Cesta básica de Florianópolis é a mais cara do Brasil

O Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – apurou que Flo...

Veja mais
Cesta básica tem nova redução em Belém

NO BOLSO: Recuo médio do curso da alimentação em agosto foi de 2,2% No mês passado, pela seg...

Veja mais
Produtos da cesta básica ficaram mais baratos

Em agosto, pela segunda vez em 2014, a alimentação básica dos paraenses voltou a apresentar queda d...

Veja mais
Valor da cesta cai

Pelo segundo mês consecutivo, valor da cesta básica recua em todas as capitais Em agosto, os preços ...

Veja mais
Comércio deve abrir 138,7 mil empregos temporários no fim deste ano

O período de contratações ocorre entre setembro e novembro A Confederação Nacional d...

Veja mais