Cooperativas inauguram moinho no Paraná

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Por Fabiana Batista | De São Paulo

As cooperativas Batavo, Castrolanda e Capal inauguram hoje um moinho de trigo em Ponta Grossa, no Paraná. Com investimentos de cerca de R$ 60 milhões, a planta terá capacidade inicial para processar 400 toneladas por dia do cereal.

A produção da unidade atenderá à demanda das indústrias de massas, panificação e biscoitos da região. No projeto, a cooperativa Batavo detém 50% de participação. A Castrolanda, 27% e a Capal, 23%. A fábrica vai gerar 80 postos de trabalho.

Os moinhos do Paraná devem se beneficiar neste ano com uma abundante oferta do cereal no Estado. O Departamento de Economia Rural (Deral) paranaense elevou nesta semana sua estimativa para a colheita de trigo. O novo número é de uma produção de 3,981 milhões de toneladas, ante as 3,8 milhões previstas anteriormente.

A revisão para cima decorre de boas condições de desenvolvimento da planta, o que deve se refletir em altas produtividades, e do próprio crescimento da área plantada do cereal, que este ano foi 32% maior, ocupando 1,32 milhão de hectares.

No entanto, o Deral alerta que daqui em diante, tanto as lavouras de inverno como as de segunda safra, que ainda estão em campo, entram em fase de risco devido às incertezas do clima. "Cerca de 2% da área plantada com o cereal está na fase de floração, bastante suscetível a geadas", informou o Deral em relatório.

A consultoria Safras & Mercado considerou factível a nova previsão do Deral. "Considerando a área plantada e o potencial de produtividade, o Paraná pode colher 4 milhões de toneladas. Mas ainda há muitos riscos climáticos", reiterou o analista da Safras, Élcio Bento.

Até agora, segundo o Deral, apenas 2% da colheita prevista do cereal foram comercializados antecipadamente. Por conta da maior oferta, a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) prevê cotações médias mais baixas para a safra 2014/15, que começará a ser colhida em agosto no Estado. O diretor técnico da entidade, Flávio Turra, estima que os preços médios devem ficar próximos de R$ 600 a tonelada, cerca de 14% abaixo dos R$ 700 registrados no último ciclo.



Veículo: Valor Econômico


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