BA: Páscoa aumenta 4% no setor

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Abase ainda não tem as variações de um dos produtos mais procurados na Páscoa, o ovo de chocolate

Segunda melhor data para o varejo, a Páscoa, que começa daqui a 17 dias, deve aumentar em 8% as vendas do setor. O presidente da Associação Baiana de Supermercados (Abase), João Cláudio Andrade, estima que o aumento nos preços dos itens relacionados à data, como ovos de chocolate e vinhos, deve ser, em média, de 4%.

"Mas isso varia. Há itens que nem devem ter aumento, como é o caso do pescado que deve ficar mais barato que no ano passado, enquanto outros, como o feijão fradinho, devem ficar mais caros", diz Andrade.

As duas redes de supermercados procuradas pela reportagem, GPA - grupo do qual a rede Extra faz parte -, e Walmart - detentora das marcas Bompreço e Hiper - preferiram não comentar a variação dos preços este ano. A Abase ainda não tem dados sobre a variação no preço do item que é o carro-chefe da data, o ovo de Páscoa.

No entanto, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre 2011 e 2013 houve elevação de 19,78% no preço do ovo de chocolate, sete pontos acima da inflação do período. Este ano, a projeção divulgada durante o Salão da Páscoa é de um acréscimo de 10% em relação ao ano passado, mais de 4% acima da inflação de 2013. A alta do dólar  - e o impacto disso para o cacau e o petróleo - é o principal fator do reajuste.

Otimismo

Mesmo mais caro, o setor  estima aumento das vendas de ovos em 30% no país. A projeção local é menor. O Walmart estima  10%  de crescimento nas vendas de ovos de chocolate das lojas Bompreço e Hiper na Bahia. A projeção é a mesma nas lojas do Extra.

Embora as lojas já ofertem várias opções de produtos para a Páscoa, o movimento de consumidores  ainda é muito pequeno nas seções relacionadas a essa comemoração nos supermercados da cidade. Tradicionalmente, as vendas costumam crescer na semana que antecede o feriado. É comum nessa época os lojistas colocarem alguns itens em promoção.

Em relação aos ovos de Páscoa, uma mudança de comportamento do consumidor tem sido detectada nos últimos anos. Pesquisa da Nielsen Company afirma que o  brasileiro tem preferido barras e caixas de chocolates em vez dos tradicionais ovos.

Constatou-se que a venda de ovos caiu 10% em 2013 se comparada ao desempenho em 2012, representando 16% da comercialização de chocolate na Páscoa do ano passado. Já as caixas de bombons, mais baratas, corresponderam a 40% do mercado de chocolates.

Crianças

Mas um público específico não aceita alternativas: o infantil. Os brindes, que costumam vir com os ovos, são uma atração para a garotada e chegam a definir a preferência por  um tipo de ovo.

"Tem criança que nem define um ovo e fala qual o tipo de brinde que quer ganhar", diz a operadora de caixa Marilene Nogueira, 25 anos, enquanto escolhia um  para o sobrinho de sete anos.

A professora Marília Pereira, 43 anos, também não abre mão de comprar ovos para os sobrinhos e a filha de seis anos. Mas não vê problemas em gastar mais para presentear um adulto com um ovo de páscoa. A escolha, segundo ela, vai de acordo com o gosto do presenteado. "Hoje em dia há a facilidade de dividir o valor. Se a pessoa quiser,  compra", diz a consumidora.

O presidente da Abase concorda com Marília. "O preço é um dos fatores de decisão de compra, mas não é o preponderante. Para algumas pessoas existe a simbologia do ovo", diz Andrade.



Veículo: A Tarde - BA


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