Colheita de milho revela mercado estável

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Mesmo com prejuízos devido a dois períodos de seca, produtividade nas plantações compensa eventuais perdas


Apesar de períodos de breves estiagens registrados no final de dezembro e no início de fevereiro, que afetaram a produção das lavouras de milho no Rio Grande do Sul, a safra deve se manter dentro da estimativa inicial projetada pelas entidades que realizam levantamentos do volume de grãos colhidos. A compensação de áreas isoladas que tiveram perdas deve vir da produtividade acima da média.

Segundo o informativo da Emater, na última semana, a colheita do milho chegou a 36% da área plantada. As precipitações que ocorreram ao longo dos últimos dias, mesmo que não tenham sido tão intensas, ajudaram as lavouras, especialmente as que ainda estão em fase de floração e enchimento de grãos. O gerente técnico da entidade, Dulphe Pinheiro Machado Neto, divide a situação da cultura em três: o que já foi colhido, o que está pronto para colher e o que está em desenvolvimento. “O que já temos colhido está demonstrando produtividades acima daquilo que temos na média do Estado”, afirma.

A parte que ainda está para colher, conforme o dirigente da Emater, teve prejuízos com a onda de calor e altas temperaturas, mas devem ocorrer apenas perdas pontuais. A instituição trabalha com uma colheita de 4,93 milhões de toneladas, de acordo com levantamento divulgado em outubro do ano passado. Uma nova pesquisa deve ser divulgada em março. Os números da Emater são próximos aos divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no mês de fevereiro, que são de 4,92 milhões de toneladas.

Para os produtores, a produtividade da cultura está surpreendendo. Segundo o presidente da comissão de grãos da Farsul, Jorge Rodrigues, o período de estiagem assustou os agricultores que esperavam perdas maiores no milho. “Em linhas gerais a colheita está cumprindo a proposta que se tinha quando da implantação das lavouras. Acreditamos que esta safra ainda pode superar as cinco milhões de toneladas”, avalia.

Em relação ao mercado, Rodrigues espera um nível de comercialização razoável, que deve ser um pouco menor do que o esperado. “Temos uma produção que não cumpre a nossa demanda interna. Acreditamos que o mercado deve manter-se nos mesmos patamares do ano passado, que não chegam a ser grandes preços”, admite o dirigente da Farsul.

Na última semana, o levantamento semanal de preços divulgado pela Emater informou que o preço médio da saca de 60 quilos foi de R$ 23,27.



Veículo: Jornal do Comércio - RS


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