Mercado de café mostra instabilidade

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O mercado de café continuou decepcionando os produtores na semana pasada, que acabaram de enfrentar um ano de severas perdas. A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US), principal balizadora para os preços internos, voltou para os mesmos níveis do início deste ano, depois de algumas sessões "empolgantes", principalmente na primeira quinzena de janeiro.

De acordo com relatório divulgado pela empresa de consultoria em agronegócio Safras & Mercado, a previsão de chuvas para o cinturão produtor do Brasil amenizou algumas preocupações sobre os efeitos que o tempo seco poderá provocar na safra que começará a ser colhida entre maio e junho.

De acordo com análise do Citigroup, "esperava-se uma estiagem mais severa para a região, que não deve registrar perdas significativas por conta da falta de chuvas". No início deste mês, tradings divulgaram estimativas apontando que a produção brasileira poderá vir a ser muito menor do que se imaginava. Mesmo assim, os níveis de ofertas continuarão "muito confortáveis", segundo relatório do Macquarie Bank. As cotações futuras do café arábica deverão oscilar entre 105 a 120 centavos de dólar por libra-peso "na maior parte deste ano", disse o banco australiano.

Os contratos do café arábica com entrega em março/2014 da ICE Futures fecharam a sessão da quinta-feira passada a 115,20 centavos de dólar por libra-peso, contra os 117,15 centavos por libra do encerramento da sessão da sexta-feira da semana retrassada, acumulando queda de 1,66% no período. Dólar em alta e falta de chuvas no Sudeste podem puxar mercado no curto prazo.


Dólar - Apesar das frustrações da semana em relação ao mercado futuro, a escalada do dólar frente ao real pode ajudar as cotações do café a subirem efetivamente no curto prazo, assim como a falta de chuvas no cinturão produtor brasileiro.

Na quinta-feira, o dólar superou a marca de R$ 2,40, maior nível desde agosto de 2013, acompanhando as preocupações com a economia chinesa. Em relação ao clima, o Commodity Weather Group informou que áreas de café em São Paulo e Minas Gerais estão enfrentando, de fato, uma estiagem.

A falta de chuvas está causando queda de frutos disse a empresa. Se a situação persistir, o tamanho do grão será pequeno, reduzindo a produção total da safra 2014/15. A empresa ainda expressou-se "muito pessimista sobre uma melhora das condições de umidade no cinturão de café no curto prazo".



Veículo: Diário do Comércio - MG


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