Custos de logística e juros preocupam empresários do agronegócio

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Com supersafra que virou rotina, a preocupação dos setores do agronegócio agora é a sustentação da renda e geração de valor da cadeia produtiva. Aumento de juros e custo maior de logística podem frustrar a chance de maiores ganhos, apontou o diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Cornacchiori, nesta quinta-feira em Porto Alegre. Cornacchiori lembrou que o pacote de concessões, que prevê um conjunto de obras para melhorar a estrutura de transporte, não será executado no curto prazo. Além disso, o dirigente da associação ponderou que os processos de concorrência, com regras e prazos mais demorados, podem implicar em mais tempo de execução.

Sobre juros, o porta voz observou que as taxas aumentaram até 40%, o que pode reduzir a busca por crédito. "Mas tivemos ampliação de 20% no volume de recursos para o Plano Safra, que sinalizou que o governo está olhando para o setor", reconheceu Cornacchiori.

Com financiamentos mais caros para aquisição de máquinas, efeito da revisão de taxas de linhas do Bndes dentro do ajuste fiscal, o diretor executivo espera um ano com volume menor de contratação. "A Agrishow (que ocorre em São Paulo e da qual a ?Abag é uma das promotoras) teve queda de 30% no valor ante 2014. Vamos ver como será na Expointer." A feira agropecuária de Esteio será no fim de agosto.

Logística será um dos temas principais do 14º Congresso Brasileiro do Agronegócio, em 3 e 4 de agosto em São Paulo, e que terá como tema Sustentar é integrar. O diretor executivo da ?Abag apresentou a lista de conferencistas e a programação do congresso, além de avaliar as perspectivas para a economia. Da pesquisa e inovação na produção de alimentos à geração de renda e demanda de alimentos no mundo, o evento no Hotel Sheraton, reunirá nomes de grandes companhias multinacionais do setor industrial (máquinas, químico, celulose, fertilizantes e da produção primária), integrantes de instituições de pesquisa, como Embrapa, entidades setoriais e cooperativas do setor, e integrante do governo federal e Legislativo.

Cornacchiori citou que o agronegócio este ano e em 2016 seguirá o desempenho positivo recente e que amenizou a atividade mais fraca na indústria. O executivo lembrou que a queda do PIB nacional pode chegar a 2,5% (últimas estimativas do mercado) e em zero ou até negativo no próximo ano.

"O crescimento no setor primário deve ser de 2,5% este ano, o que já será uma festa, que deve se repetir em 2016", projetou o representante da Abag. Segundo Cornacchiori, os dois índices não repetirão os crescimentos maiores ocorridos até ?2014, considerados como base de comparação elevada. No ano passado, o setor primário (grãos e carnes, principalmente) avançaram 4%.




Veículo: Jornal do Commercio - RS


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