Aumento das vendas on-line puxa investimentos no setor de logística

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JadLog investiu R$ 6 milhões em tecnologia da informação para otimizar a gestão de entregas com dados em tempo real. Já a GLP Brasil construirá um galpão em Duque de Caxias, no Rio

Nos negócios de uma das maiores empresas de frete do País, a JadLog, o comércio eletrônico (e-commerce) representa hoje 23%. Há dois anos, a fatia era de 15%. No ano passado, a empresa investiu R$ 6 milhões em tecnologia da informação, também de olho no aumento da área on-line.

O exemplo da JadLog reforça a informação de como o mercado de vendas pela internet - que deverá contar este ano com cerca de 13 bilhões de visitas nos sites do segmento -, tem feito o setor de entregas correr para acompanhar a velocidade dos cliques de compras.

A previsão da empresa, que contabiliza cerca de 500 franquias, é de que haja crescimento das entregas relacionadas ao e-commerce no mesmo ritmo das vendas do segmento, que em 2013 teve elevação de 28% e atingiu faturamento de R$ 28,8 bilhões, segundo informações da consultoria e-bit.

"Hoje em dia, muitos itens que se comprava apenas em lojas físicas, como meias, sapatos, bolsas, maquiagem, entre outros, passaram a ser adquiridos pela internet", lembrou o diretor comercial da JadLog, Ronan Hudson.

Segundo o diretor, a informação exata é um item imprescindível na cadeia de supply chain para uma gestão eficiente, redução de custos e tempo de entrega competitivo. Assim, uma das iniciativas da empresa foi adotar o aplicativo para smartphones e tablets chamado Baixa on Time. Com ele, os entregadores abastecem o sistema com informações no ato das entregas. "Assim, as informações são disponibilizadas ao cliente em tempo real".

Conforme o executivo, os negócios da JadLog apresentaram incremento de 16,2% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho reforça a projeção de crescimento anual da empresa de 15% em relação a 2013. O que fará a companhia saltar dos cerca de R$ 325 milhões obtidos ano passado, para cerca de R$ 375 milhões até o final de dezembro próximo.

O resultado vem da conquista de novos clientes e do aumento do volume de operações, principalmente para os ramos varejo, têxtil e automotivo. Para atender ao mercado, a companhia conta hoje com 240 caminhões e carretas e mais de 1.600 utilitários.

Parque carioca

Fornecedora de parques logísticos modernos, tanto na China e no Japão, como no Brasil, a Global Logistic Properties (GLP) também acompanha o panorama do mercado de vendas eletrônicas.

A empresa anunciou a aquisição de uma área com potencial construtivo de 350 mil metros quadrados em Duque de Caxias, no Rio.

O presidente da GLP Brasil, Mauro Dias, explicou que a aquisição da área envolve o plano de investir em novos projetos. "Estamos muito satisfeitos por consolidar a presença da GLP em um dos mercados mais importantes para nós, o do Rio de Janeiro", disse.

O estado, aliás, figura como o segundo maior do País em vendas pela internet, atrás apenas de São Paulo, conforme pesquisa adiantada ao DCI pela consultoria Conversion.

De acordo com o executivo, em cerca de dois anos o terreno carioca terá o segundo maior parque logístico da empresa no País - atrás do GLP Guarulhos, em São Paulo.

Cidades com potenciais

O levantamento da consultoria Conversion foi feito a partir de mais de 100 milhões de visitas em lojas virtuais. O resultado mostra que o e-commerce nacional terá cerca de 130 milhões de pedidos em 2014.

A previsão é de que as lojas virtuais totalizem cerca de 13 bilhões de visitas em 2014. O ticket médio atual é R$ 292,47. O tempo médio de visita dos compradores brasileiros é de pouco mais de três minutos.

O CEO da Conversion, Diego Ivo, afirmou que o resultado da pesquisa surpreendeu ao observar a opção do consumidor em adquirir produtos via internet. "O e-commerce vive um processo de grande amadurecimento no País e o nível de confiança em realizar compras pela internet vem crescendo".

Para ele, o fato mais relevante é o alto índice de crescimento do e-commerce nacional, com previsão de aumento de 26% nas vendas em relação a 2013. "Se pensarmos que a economia nacional deve crescer apenas 1% este ano, os números do comércio eletrônico são extraordinários", finalizou.



Veículo: DCI


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