Mesmo com a desaceleração da economia, o mercado nacional de galpões logísticos fechou o segundo trimestre com crescimento de 8% em relação aos três meses anteriores, segundo a consultoria Colliers International.
Foram absorvidos 270 mil metros quadrados no período, a maior parcela em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Parte da alta nas locações ainda está atrelada à evolução do consumo ocorrida no país em anos anteriores, na avaliação da empresa.
"Leva um tempo até que esse aumento [do consumo] repercuta no segmento de distribuição. Por isso, o setor ainda sente um reflexo positivo", afirma o presidente, Ricardo Betancourt.
"Outro motivo é que, com o cenário econômico atual, as empresas estão em busca de condomínios mais eficientes, pois isso ajuda a diminuir os custos", afirma.
Embora esteja em um patamar considerado alto, a ociosidade dos galpões no país se manteve estável em 18%, perto do nível de 2013.
A taxa de vacância, no entanto, deverá subir e fechar o ano em 22%, de acordo com o executivo. "A demanda está constante. O problema hoje está na grande oferta de novos projetos, o que tem elevado a disponibilidade."
O preço de locação também ficou estável desde o fim de 2013 e fechou o trimestre em R$ 18,50 o metro quadrado. "O mercado está mais flexível, dando carências maiores. É um momento mais favorável ao inquilino."
Veículo: Folha de S.Paulo