Jaíba: longo caminho a ser percorrido até o porto

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Os fruticultores do Norte de Minas também sofrem com as estradas de terra. E para eles não são apenas as rodovias municipais. Em algumas cidades, o problema da falta de pavimentação se estende para estradas estaduais e federais, como ressalta o presidente da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), Jorge Luis Souza, que produz banana no perímetro do Jaíba. Ele explica que o principal mercado para as frutas da região é o Estado da Bahia, também é por lá que se exporta, via porto de Salvador. As perdas por conta das rodovias precárias estão estimadas em 10% da produção.

"Além das estradas internas da região, que quase na totalidade não são pavimentadas, temos de percorrer 1.050 quilômetros até Salvador ao custo de R$ 6 mil por caminhão carregado de frutas. Passamos em rodovias de todas as esferas públicas. Existe um trecho de 40 km, de terra, que poderia ser asfaltado aqui em Minas. Se fosse, encurtaria nossa distância em 150 km. Mas ainda não há perspectiva para que isso aconteça", lamenta.

No longo prazo, Souza diz que, do ponto de vista dos produtores, as soluções para o transporte mais eficiente das frutas do Jaíba seria um melhor desenvolvimento da hidrovia do São Francisco e de ferrovias hoje desativadas. "Mas hoje esperamos ainda a mais elementar das obras de infraestrutura: o asfaltamento", conclui.

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Planejamento - O consultor em logística Luiz Carlos Paixão, diretor-geral da Lid Consultoria, concorda que as estradas vicinais são hoje um dos maiores entraves ao agronegócio em Minas, mas frisa que maior investimento em planejamento e gerenciamento do transporte e armazenamento da produção, tanto por parte do poder público quanto por parte dos produtores, melhoraria bastante as operações no curto prazo.

"ɐ preciso melhorar o conjunto, criando um complexo logístico eficiente dentro do que já existe e do que pode ser ainda construído, considerando particularidades de cada atividade. Para isso, planejamento estratégico de todos os setores envolvidos é a palavra-chave".




Veículo: Diário do Comércio - MG


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