Supermercados se adaptam para acompanhar aumento da demanda por cortes de carne

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A carne é um elemento essencial no prato do brasileiro. A preferência pela proteína e o tradicional churrasco, fazem do Brasil o 6º maior consumidor de carnes do mundo, com uma média de 78,6 kg de carne por pessoa em 2018, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Se considerarmos somente a carne bovina, o país aparece na 3ª colocação, tendo consumido cerca de 7,9 milhões de toneladas em 2018, 13% do total mundial.

 

Os dados são de 2018, mas o amor pela carne continua o mesmo há muito tempo, contudo, o consumidor tem mudado os seus hábitos e preferência por cortes. Para atender ao público que está cada vez mais exigente, os supermercados estão se transformando na busca por oferecer um ambiente mais agradável, com diversidade de produtos. Nesse cenários, os cortes especiais ou carnes premium surgem como um diferencial. Se antes eram encontrados somente nas boutiques de carnes, ganham cada vez mais espaço nas gôndolas também dos supermercados.

 

“Vendemos cerca de 9 toneladas de carnes por semana, e essa quantidade costuma aumentar no fim de semana, quando as pessoas têm tradição de fazer churrasco. A costela e a picanha saem bastante, mas os cortes especiais já caíram no gosto dos clientes. O T-Bone e o Prime Rib, por exemplo, são os mais vendidos em nossas lojas”, comentou o supervisor de açougues da rede de supermercados Casa Aurora, que possui lojas em quatro municípios do Nortão.

 

O T-Bone é uma peça retirada do boi em um corte transversal e considerada gourmet por possuir de um lado o Contra Filé e do outro o Filé Mignon. Já o Prime Rib é um corte a favor das vértebras do boi, como a bisteca, mas que possui diferentes níveis de marmorização que dão um sabor especial à carne. Segundo Adelar, a tendência é de que os mercados, de maneira geral, invistam cada vez mais em qualificação dos profissionais e estrutura para garantir a qualidade das carnes.

 

“Para oferecer os cortes especiais, é preciso garantir a qualidade desde a seleção do gado, o corte precoce, a camada de gordura e índice de marmoreio ideal. As condições do transporte também são monitorados, desde a higiene do caminhão até as variações de temperatura na carga e descarga. É uma tendência e uma exigência do mercado e nós estamos acompanhando essas mudanças”, completou.

 

Ele conta que para garantir o frescor da carne exposta nas gôndolas, é necessário que todo o processo – do corte ao empacotamento – seja realizado em menos de 24 horas. Nesse sentido, a proximidade com o produtor é uma vantagem. “Hoje, Mato Grosso tem um rebanho de ponta e nós, da Casa Aurora, temos orgulho de dizer que cerca de 90% das nossas carnes, incluindo os cortes especiais, são de produção mato-grossense”, comentou o supervisor de açougues.

 

De acordo com o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), o estado fechou o ano de 2018 como o segundo maior exportador de carne do país. Cerca de 20% de toda a carne bovina exportada pelo Brasil saiu de Mato Grosso. Os dados também apontaram que o rebanho do estado aumentou significativamente de 2017 para 2018, passando de 29,7 milhões para 30,08 milhões de cabeças de gado.

 

Fonte: Mato Grosso Mais

 


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