As mudanças no setor de reciclagem com a Lei de Resíduos Sólidos, indicadores para os negócios com resíduos, bem como, o seu valor econômico e social, o papel dos diversos agentes como municípios, empresas e consumidores para avanços da cadeia de reciclagem, são alguns itens abordados no Cempre Review 2013, a mais nova publicação do Cempre - Compromisso Empresarial para a Reciclagem, apresentado durante o Recicle Cempre, evento que acontece paralelamente a Feira do Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (Fimai), no Expo Center Norte, em São Paulo, até hoje (7). Clique aqui e faça download do Cempre Review 2013
A publicação apresenta as projeções realizadas pela LCA Consultores com base em dados públicos do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e de associações empresariais e mostra que 27% dos resíduos recicláveis (fração seca) coletados nas cidades foram efetivamente recuperados em 2012 - ou seja, foram desviados dos lixões e aterros, retornando à atividade produtiva. No caso específico das embalagens, o índice de recuperação foi de 65,3%.
"Já temos uma reciclagem de fração seca elevada, fruto sobretudo do trabalho dos catadores", comenta Victor Bicca, presidente do Cempre. "As prefeituras precisam, agora, acelerar o passo para responder às exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos como o fechamento dos lixões até 2014 e a inclusão dos catadores em seus modelos de coleta seletiva." De acordo com a pesquisa Ciclosoft 2012, realizada pelo Cempre, apenas 14% dos municípios brasileiros oferecem coleta seletiva à sua população, sendo que 86% deles estão nas regiões Sul e Sudeste.
Diante da Política Nacional de Resíduos Sólidos, estudo comprovou que o mercado se movimenta para a aplicação da lei e para o aproveitamento de novas oportunidades de negócio que devem surgir para dar vazão ao maior volume de resíduos separados nas residências e coletados pelas prefeituras.
O CEMPRE estima que, em 2012, a coleta, a triagem e o processamento dos materiais em indústrias recicladoras geraram um faturamento de R$ 10 bilhões no Brasil. A expectativa para os próximos anos é de uma significativa expansão, no ritmo da maior escala e do desenvolvimento do parque industrial de reciclagem. Nesse caminho, identificar obstáculos e gerar dados úteis a políticas de incentivos e de investimentos, visando o equilíbrio entre oferta e demanda, a redução de custos e o máximo de benefícios sociais e econômicos, é uma rotina que se integra à gestão do lixo no Brasil.
Fonte: Redação Portal ABRAS