O atacarejo e sua proposta de valor

Leia em 2min

O atacarejo, também designado como atacado de autosserviço ou cash and carry, se tornou um canal bem relevante no mercado brasileiro nos últimos anos e já representa 20,8% do faturamento do setor atacadista em 2018 segundo ranking ABAD realizado em conjunto com a Ac Nielsen. O canal cresceu 18,5% em 2017 e 12,3% em 2019, enquanto o total do varejo Brasil retraiu 3,5% e 2,8% respectivamente nos mesmos anos.

 

O canal atende a diversos públicos, como pequenos varejistas, transformadores de alimentos (bares, padarias e restaurantes) e consumidores finais. As famílias que se abastecem no atacarejo já representam 30,7% do faturamento do setor e se constituem como a mais relevante participação no canal.

 

Segundo a pesquisa Nielsen publicada no Ranking Abras 2019[1], apesar dos brasileiros frequentarem pelo menos oito canais para realizar suas compras mensais, o atacarejo se tornou o canal de abastecimento com uma penetração de 60% dos lares brasileiros.

 

O canal foi frequentado em média 13 vezes por ano e o tíquete médio foi ao redor de R$ 131,28 em 2018. A performance do atacarejo está ligada à crise econômica dos últimos anos e à necessidade das famílias reduzirem seus gastos com a mercearia, otimizando cada centavo de suas compras.

 

Mas nem tudo é perfeito nas lojas de atacarejo, o formato exige um esforço dos shoppers que necessitam planejamento para realizar e transportar as compras para suas casas. Além disso, se organizam para ir próximo a data do pagamento dos salários, vão em grupos e levam embalagens para acondicionar a mercadoria, pois os serviços ofertados são bem limitados. No início do mês o tempo despendido em loja é de pelo menos 2 horas. Já as filas são grandes na seção de perecíveis e no checkout. Porém o esforço pode ser recompensado pela economia obtida no tíquete.

 

Segundo a ABRAS, o crescimento do atacarejo deve se estabilizar nos próximos períodos à medida em que a economia apresentar melhoria. Será interessante observar o que vai acontecer com as compras de mercearia num cenário com o PIB em crescimento. A pergunta que fica é se a proposta de valor oferecida pelo canal vai se manter tão relevante e se os shoppers vão continuar frequentado as lojas para encher os carrinhos todos os meses.

 

Fonte: No Varejo


Veja também

Furtos em supermercados geram prejuízo superior a R$ 1 bi

Energético, cerveja, cortes bovinos (exceto picanha), pilhas e baterias, chocolate em barra ou tablete, queijo, s...

Veja mais
Presidente da ABRAS participa de workshop sobre varejo nos EUA

         O presidente da Associação Brasileira de Supermerc...

Veja mais
ABRAS participa de café da manhã com parlamentares da Frente FCS

              ...

Veja mais
APAS e GS1 Brasil se unem para oferecer serviços em qualificação de dados de produtos

A crescente demanda por informações qualificadas de produtos, na atual era da transformação ...

Veja mais
Governo moderniza Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho

    Foto: Marcos Corrêa/PR     O Governo Federal lançou ...

Veja mais
Vendas de supermercados têm melhor 1º semestre em 6 anos, aponta Abras

As vendas dos supermercados tiveram avanço real de 2,64% no primeiro semestre, segundo a associação...

Veja mais
Vendas dos supermercados crescem 2,64% no primeiro semestre

O primeiro semestre foi positivo para os supermercados brasileiros. De janeiro a junho, o setor registrou crescimento re...

Veja mais
1º International Congress Fish Congress & Fish Expo Brasil

  A produção de pescados, e nele a aquicultura, é um setor estratégico no desafio de d...

Veja mais
10ª edição da SUPERBAHIA começa nesta terça-feira

   Começa nesta terça-feira a 10ª edição da SUPERBAHIA &ndas...

Veja mais