Monitor do PIB da FGV aponta crescimento de 1,1% da economia do país em 2018

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O resultado é muito abaixo do previsto no início do ano passado e decepcionante quando se leva em conta que vem após dois anos consecutivos de forte retração econômica e de um crescimento com trajetória ascendente em 2017, aponta Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.

 

"A economia não apresentou o mesmo fôlego de retomada em 2018 que teve em 2017, ficando praticamente estagnada no decorrer do ano. A forte incerteza que permeou a economia, com destaque para a greve dos caminhoneiros e para o período eleitoral, influenciou muito nesse resultado. Foi um ano perdido”, diz Considera.

 

Na análise trimestral, na série com ajuste sazonal, o PIB apresentou estagnação no 4º trimestre em comparação com o 3º trimestre. Com relação ao 4º trimestre de 2017, houve crescimento de 1%. A FGV destaca que a indústria apresentou retração nas duas bases de comparação.

 

Na análise mensal, o PIB apresentou queda de 0,4% em dezembro, tanto na série com ajuste sazonal (na comparação com novembro), quanto na série original (na comparação com dezembro de 2017). A indústria também apresentou retração (-0,8% e -3,1%, respectivamente). Na comparação com dezembro de 2017, além da indústria, também, houve quedas expressivas no comércio (-2,6%), na formação bruta de capital fixo (-1,8%), no imposto (-1,7%) e na importação (-6,8%).

 

PIB em valores

Em termos monetários, estima-se que o PIB de 2018, em valores correntes, alcançou a cifra de aproximadamente R$ 6,76 trilhões. De acordo com a FGV, apesar de o resultado de 2018 retratar uma economia estável, com crescimento de 1,1%, em relação à série histórica iniciada em 2001, os resultados, apesar de serem melhores do que dos anos de 2016 e 2017, ainda não superaram as divulgações de anos anteriores à recessão econômica iniciada em 2014.

 

O preço do PIB em 2018, embora seja maior que os de 2016 e 2017, é ainda inferior ao de 2012.

 

A FGV informou que a produtividade da economia, que alcançou o pico em 2013, tem se reduzido desde então e em 2018 é a menor registrada desde 2009.

 

O destaque ficou com o forte recuo da construção, de outros serviços e da administração pública, cujas produtividades em 2018 são as menores da série histórica do Monitor do PIB-FGV iniciada em 2001.

 

Além dessas atividades, a indústria de transformação, o transporte e os serviços de informação também apresentaram produtividades menores em 2018 do que em 2001, apesar de não serem os pontos de mínimo das séries históricas.

 

"Os resultados mostram que, a despeito da recuperação da economia, o ritmo é muito lento e ainda está longe de retomar o período anterior à recessão de 2014", informou a FGV.

 

Fonte: G1


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