Arrecadação de ICMS acelera com avanço do comércio e combustíveis

Leia em 2min

O total da arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Bens e Serviços (ICMS) em 22 estados brasileiros mais o Distrito Federal (DF) alcançou o valor de R$ 424 bilhões em 2018, um aumento de 5,67% acima da inflação (em termos reais), contra 2017.

 

O resultado é considerado “muito positivo” pelo economista do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Eduardo Reis Araújo, uma vez que este representa uma aceleração do crescimento da receita em relação a 2017, quando a arrecadação de ICMS subiu 2,65%, mostram dados do Tesouro Nacional.

 

De acordo com Araújo, o desempenho do comércio varejista e o aumento dos preços dos combustíveis foram os fatores que influenciaram a expansão da receita de ICMS em 2018.

 

“Ao longo de 2018, houve uma redução da taxa de juro real e do endividamento das famílias, cenário que possibilitou um maior dinamismo da atividade do comércio varejista”, diz Araújo. Ontem, o Instituto Brasileiro de geografia Estatística (IBGE) informou que o volume de vendas no comércio cresceu 2,3% entre 2017 e 2018.

 

Além disso, a elevação do preço do barril do petróleo no mercado global e a disparada do dólar em relação ao real ao longo do ano passado influenciaram positivamente a arrecadação do ICMS sobre combustíveis nos estados brasileiros.

 

Para este ano, Araújo espera que as receitas estaduais performem ainda melhor, diante das expectativas de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passe de 1,4% em 2018, para 2,5% em 2019.

 

De acordo com o economista, este crescimento deve impulsionar mais o comércio, setor que, por sua vez, tende a aumentar os pedidos feitos à indústria, que ainda passa por uma frágil recuperação.

 

Alívio?

O professor de Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Marcos Andrade, comenta que, apesar das perspectivas de aumento de receita, a maioria dos estados tem uma arrecadação deficitária (ou seja, que não cobre as despesas). Contudo, Andrade diz que há uma intenção dos novos governadores de avançar na agenda de privatizações e de parcerias público e privadas (PPPs), o que deve aliviar as contas estaduais.

 

Em todos estados houve alta da arrecadação. Em São Paulo (+2,8%), Rio Grande do Sul (+3,6%) e Minas Gerais (5%), houve altas percentuais menores, enquanto no Rio de Janeiro (12,7%) foi maior.

 

Fonte: DCI


Veja também

IGP-10 sobe 0,40% em fevereiro com alta nos preços no atacado, diz FGV

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) passou a subir 0,40 por cento em fevereiro, contra queda de 0,26 por ...

Veja mais
Emprego nos serviços cai em dezembro, mas avança no ano

Apesar da eliminação de 56 mil postos de trabalho com carteira assinada em dezembro, o setor de Servi&cced...

Veja mais
Vendas no varejo crescem em 2018 e devem manter alta este ano, diz CNC

As vendas no varejo cresceram em 2018 e tendem a continuar em alta em 2019. A previsão de crescimento tem uma pro...

Veja mais
Black Friday desbanca o Natal e vira protagonista nas vendas de 2018

Depois dos tropeços de 2018, o varejo conseguiu fechar o ano no azul. Com incremento de 2,3% no ano passado sobre...

Veja mais
Setor de alimentos espera retomada das exportações após queda em 2018

A indústria alimentícia projeta recuperação das exportações e manutenç&...

Veja mais
Fatia de famílias endividadas aumenta

A taxa de famílias endividadas na cidade de São Paulo ficou em 49,9% em janeiro, pouco mais alto que os 48...

Veja mais
Cerca de 50% das famílias paulistanas estão endividadas, diz pesquisa

A proporção de famílias endividadas na capital paulista em janeiro chegou a 49,9% (ou 1,95 milh&ati...

Veja mais
Prejuízo com temporal no Rio supera R$ 76 milhões

Cerca de 65% do comércio de bairros mais atingidos pela forte chuva do último dia 6 na capital fluminense ...

Veja mais
Volume do comércio varejista fecha 2018 com alta de 2,3%

O volume de vendas do comércio varejista no país fechou o ano de 2018 com alta de 2,3%. É a maior a...

Veja mais