Calendário de agosto ajuda e comércio apresenta alta de 4,7%

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O varejo brasileiro apresentou crescimento de 4,7% em agosto na comparação com o mesmo período de 2017, descontando a inflação que incide sobre a cesta de setores do varejo ampliado.

 

Os dados fazem parte do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) divulgado ontem. “Em termos nominais, número que reflete o que o varejista de fato observa na receita das suas vendas, o indicador registrou alta de 7,8% na comparação com o ano anterior”, analisa o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto.

 

De acordo com ele, o resultado se dá na contramão do mês de julho, uma vez que agosto foi beneficiado pelo calendário. Em relação ao mesmo mês do ano passado, agosto teve uma sexta-feira a mais – dia da semana geralmente mais forte para o varejo – e uma terça-feira a menos, que tem como característica ser mais fraco em termos de faturamento para o mercado.

 

Ajustados a esses impactos, o índice deflacionado apontaria alta de 4,1%, o que representa uma aceleração em relação ao observado em julho (1,4%). Já pelo ICVA nominal, no mesmo conceito, o indicador apresentaria alta de 7,2% na comparação com o mesmo período de 2017, com aceleração em relação a julho (5,3%).

 

“O desempenho de agosto surpreende positivamente, mesmo descontando o efeito de calendário. O grande destaque foi o setor de Vestuário, que puxou a alta. Além disso, tivemos neste mês o início do período de saque do PIS, o que aumenta o poder de compra do consumidor e ajuda a explicar este resultado”, conta.

 

Outros dados

 

Na semana do Dia dos Pais (6 a 12 de agosto) o varejo cresceu 8,4% sobre um ano antes, puxada pelos setores de Super e Hipermercados e o de Vestuário. já deflacionado, todas apresentaram aceleração, com destaque Norte e Sudeste. Já pelo ICVA deflacionado sem ajustes de calendário, o varejo ampliado na região Norte cresceu 9,6%, seguido pelo Centro-Oeste e Nordeste com 8,6% e 7,7% respectivamente, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Por fim, vale mencionar as regiões Sul, com alta de 6,9%, e o Sudeste, com crescimento de 2,7%.

 

Fonte: DCI

 

 


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