Previsão de inflação menor anima brasileiros

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Expectativa do consumidor é que nos próximos meses o preço dos produtos e alimentos pare de subir, além disso, melhores condições de emprego também rodeiam a percepção do cliente agora


São Paulo - Às vésperas de um processo que pode mudar a direção política do País, os consumidores brasileiros parecem mais animados com o futuro. Entre os índices que apresentaram melhora em agosto, a perspectiva de redução da inflação e sobre o emprego apareceu como o destaque para o cliente.
 
Na última sexta-feira (26) a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) subiu 0,8% em agosto, e chegou a 102 pontos. Com isso, o indicador ficou 3,1% acima do registrado em agosto do ano passado, mas ainda está 6,3% abaixo da média histórica de 108,9 pontos.
 
O dado foi puxado pelas expectativas sobre o comportamento da inflação que, em relação a julho, subiu 2,7%. Já na comparação com agosto do ano passado, a percepção da população sobre a alta de preços melhorou 13,7%.
 
As expectativas sobre o emprego também apresentaram variação positiva relevante. Em relação a julho, a melhora foi de 1,4%, enquanto ante agosto de 2015 a alta é de 9,8%. Da mesma forma, as perspectivas dos consumidores em relação à renda pessoal subiram 2,5% na comparação mensal e 2,7% na comparação anual.
 
Mais otimistas com o emprego e a renda, os entrevistados enxergam sua situação financeira em um patamar 1,1% superior a de julho e 0,9% mais positiva do que em agosto do ano passado. Já o indicador de endividamento ficou 0,1% melhor do que o do mês passado, com melhora de 1,8% em relação ao oitavo mês de 2015.
 
Os números dispostos vão de 0 a 200, sendo que indicadores menores que 100 são considerados uma percepção ruim da economia.
 
Recorte de São Paulo

 
Quem também apontou números positivos foi o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), realizado pela FecomercioSP. Em agosto, o indicador registrou a segunda alta consecutiva atingindo 66,3 pontos, elevação de 2% na comparação com julho, porém, 5,3% inferior ao apurado em agosto do ano anterior.
 
No recorte, os dois destaques positivos estão relacionados à expectativa de melhora nas condições profissionais e de consumo que são os dois únicos itens a apresentar elevação na comparação anual. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, os paulistanos estão acreditando em uma melhora no emprego nos próximos seis meses e estão retomando, aos poucos, o estímulo de consumo futuro. De acordo com o indicador, também subiu a percepção de acesso ao crédito ao cliente.
 
Fonte: DCI


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