Varejo cearense tem receita bruta de R$ 62 bi em 2012

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O comércio cearense registrou receita bruta de revenda e de comissões sobre venda de R$ 62,74 bilhões em 2012, segundo a Pesquisa Anual do Comércio (PAC) 2012, divulgada ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Naquele ano, os cearenses ocupados pelo setor somavam 288.294 trabalhadores, enquanto o Estado totalizava 66.221 unidades locais com receita de revenda.

No País, a receita líquida de 2012 foi de R$ 2,44 trilhões, um crescimento de dois dígitos (16,44%) em relação a 2011, ritmo mais intenso do que o verificado em períodos anteriores. O setor ainda empregava 10,2 milhões de pessoas há dois anos e se fosse um município, estaria, em termos de população, atrás apenas de São Paulo, que tem 11,8 milhões de habitantes. Em relação a 2011, o comércio absorveu 600 mil trabalhadores.

Segundo o IBGE, esses profissionais receberam, em 2012, R$ 150,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. O órgão levantou as informações com base em uma amostra de mais de 80 mil estabelecimentos. A estimativa é de que, há dois anos, havia 1,613 milhão de empresas comerciais brasileiras.

O IBGE divide a atividade em três grupos: comércio varejista, atacadista e de veículos, peças e motocicletas. A maioria dos estabelecimentos (79,8%) e de pessoas ocupadas (73,8%) está no comércio varejista.

Receitas e salários

No varejo, os hipermercados e supermercados representaram a maior receita, R$ 257,7 bilhões (24,9% do total do segmento). Em relação à receita, também se destacaram combustíveis e lubrificantes (R$ 174,7 bilhões), além de material de construção (R$ 100,7 bilhões). A atividade varejista também se destacou em salários, retiradas e outras remunerações (R$ 16,1 bilhões ou 17,1% do total). As lojas de departamento, eletrodomésticos e móveis se sobressaíram em termos de salário médio mensal (1,8 salário mínimo).

Já as atividades que mais ocuparam no setor varejista em 2012 foram tecidos, vestuário e calçados (1,376 milhão de pessoas), produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,207 milhão) - este também com o maior número de empresas, 326,602 mil - e supermercados (1,143 milhão), a maior média por estabelecimento, com 84 trabalhadores por empresa (13.660 no total).

Atacado

Mas é das vendas no atacado que vem a maior parcela da receita operacional líquida (43,8%, ou R$ 1,069 trilhão), seguido pelo varejo (42,9%, ou R$ 1,046 trilhão). No comércio varejista, as empresas que possuíam até 19 pessoas ocupadas geraram 40,1% (R$ 419,4 bilhões) da receita total.

No comércio atacadista, o destaque ficou com as empresas revendedoras de combustíveis e lubrificantes, com 1,88 mil empresas (1% do atacado) e contribuição de 24,3% da receita líquida (R$ 249,8 bilhões).



Veículo: Diário do Nordeste


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