Indústria do Vestuário aposta em recuperação

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                                       Setor em Minas sempre apresenta melhor desempenho ao longo do segundo semestre



Após encerrar os primeiros seis meses de 2015, frente a igual período do ano anterior, com queda de 30% na comercialização de produtos, o que gerou o corte de 20 mil postos de trabalho, a indústria do vestuário de Minas Gerais deve recuperar parte dos prejuízos ao longo deste semestre. O pagamento do 13º salário, a retomada das exportações e o período de festas serão os principais impulsos para o setor.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário no Estado de Minas Gerais (Sindivest-MG), Michel Aburachid, o setor sempre apresenta melhor desempenho ao longo do segundo semestre, por isso, é esperada pequena recuperação das perdas registradas nos primeiros seis meses. Com uma expectativa de retomada das vendas, a tendência é que não ocorram novas demissões.

"O primeiro semestre deste ano foi muito ruim para a indústria do vestuário. Neste período registramos retração de 30% nas vendas, o que provocou o fechamento de algumas empresas e a demissão de vários funcionários. Também tivemos as margens reduzidas pelo aumento dos custos, principalmente com energia elétrica e mão de obra, por exemplo. Mas, o que notamos em julho é que o mercado está estabilizado e não devem acontecer recuos ao longo dos próximos meses", avalia.

O pagamento do 13º salário e as datas comemorativas como os dias dos Pais e da Crianças, Natal e Réveillon vão impulsionar as vendas. Ainda segundo Aburachid, medidas como a mudança de meta fiscal do governo federal e o aumento dos recursos para crédito imobiliário devem diminuir a incerteza em relação à economia, o que pode favorecer a confiança do consumidor.

"Os consumidores estão apreensivos em relação aos rumos da economia brasileira e com receio de perder o emprego, por isso têm reduzido o volume de compras. Porém, no caso do vestuário, os produtos agradam desde as crianças até os adultos, sendo uma boa opção para presentear. Com a concentração de importantes datas comemorativas nos próximos meses e os preços mais acessíveis dos itens de vestuário que de outros produtos, as vendas devem ser elevadas. As medidas anunciadas pelo governo também poderão acalmar o mercado e mostrar que a recessão não será tão grave como a esperada", observa.

Reforços - Para superar a crise, empresários estão investindo em meios de alavancar os resultados. Dentre as ações estão os reforços no setor de vendas e a busca por novos acordos com os mercados nacional e internacional.

Segundo Aburachid, a desvalorização do real frente a moeda norte-americana vem beneficiando o setor, que deve voltar a exportar. Com o dólar mais elevado, as importações de vestuário, principalmente da China, estão menores, favorecendo a competitividade do produto brasileiro.

"Achamos que o segundo semestre vai ser melhor que o primeiro, possibilitando o início de uma recuperação do setor. A alta do dólar tem tornado as exportações interessantes e permitido novos acordos comerciais com o mercado internacional. Os empresários mineiros estão em negociação com os Estados Unidos, Canadá, Europa e Oriente Médio. Outra vantagem do dólar nos patamares atuais é a redução das importações, o que também estimula a indústria nacional", ressalta.



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG




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