Casas Bahia e Pontofrio vão vender roupas

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Gigantes do varejo de eletroeletrônicos avançam no segmento têxtil e acirram a disputa no concorrido mercado on-line, dominado hoje por players como Dafiti, OQVestir e outros

 

 



Responsável por 18% do volume de vendas pela internet, o segmento de moda e acessórios acaba de ganhar um concorrente de peso. Tradicionais no varejo de eletroeletrônicos, a Casas Bahia e o Pontofrio anunciaram sua entrada na área têxtil e de acessórios com inserção de roupas em suas lojas virtuais.

Administradas pela Cnova - empresa responsável pelos canais on-line do Grupo Pão de Açúcar (GPA) - os players firmaram parceria com as marcas Ralph Lauren, Fellipe Krein, Lupo, Ópera Rock e Havaianas, que em primeiro momento venderão algumas peças durante o Black Friday, o mega evento de liquidação do comércio varejista, que acontece amanhã (28).

Em nota, a companhia divulgou que está será apenas uma previa do futuro canal de artigos de moda que entrará no ar apenas em 2015. "A Cnova lançará um canal definitivo de moda para Pontofrio.com e CasasBahia.com em 2015, além de reformular a seção que já existe no Extra.com.br", disse.

Para o diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), Marcelo Prado, o investimento de grandes varejista serve para aumentar as margens operacionais. "Com vestuário, as empresas têm uma margem muito maior, quando comparada à venda de eletroeletrônicos", explica.

Segundo Prado, no caso da Cnova, a estratégia da companhia será a venda dos itens por um canal de desconto. "Eles vão atrair o consumidor pela precificação", ressaltou.

Mercado


Entre os fatores que podem ter colaborado na inserção da Cnova no canal têxtil está o crescimento da procura do consumidor por esse tipo de produto em lojas virtuais. De acordo com dados do WebShoppers - estudo feito pela consultoria E-bit - a categoria de moda e acessórios se manteve na liderança das vendas on-line, com 18% do volume de pedidos via web.

Há pelo menos um ano, o segmento conseguiu ultrapassar o volume de vendas de eletrônicos na plataforma virtual, que até então vigorava como líder de vendas no comércio eletrônico brasileiro.

Concorrente de peso


Quem também anunciou planos de aumentar sua representatividade no canal de moda foi a B2W. No começo deste mês, a empresa lançou uma sua marca própria denominada LUK.

Neste caso, Prado afirmou que o anúncio da criação de uma marca própria implica em uma série de iniciativas que demandam muito trabalho. "Para marca própria você precisa de uma equipe de criação, uma empresa que produza as peças e um canal específico para a venda. Se com tudo isso você não for competitivo, o preço pode influenciar. Mesmo com a roupa você tem uma margem maior sem precisar de um giro tão grande".

Marketplace


Outra companhia que também passou a investir na categoria é o Mercado Livre. Agregador de marcas virtual, a empresa lançou um canal exclusivo voltado apenas para as vendas de roupas, sapatos e acessórios.

Com um layout diferenciado dos outros segmentos de produtos, a companhia anunciou que o consumidor poderá procurar os produtos por meio de coleções, marcas e categorias.

Entre as empresas que já comercializam seus produtos no site do Mercado Livre, destaque para marcas como Carmim, Khelf, TVZ, Decathlon e Authentic Feet.

"A crescente demanda por moda no site nos levou a tratar o setor de moda como uma vertical de negócios. O público que compra moda tem exigências específicas na busca por produtos, quer informações detalhadas e faz muitas comparações", afirmou o diretor do marketplace, Leandro Soares.

De janeiro a dezembro deste ano, o comércio de roupas cresceu 25% no site da empresa, na comparação com o mesmo período do ano passado.




Veículo: DCI


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