Antes do Dia das Crianças, Natal invade Belo Horizonte

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Lojistas investem em novidades, mas objetivo é conseguir igualar faturamento do ano passado

 
 Antes mesmo do Dia das Crianças, o comércio varejista já dá sinais que vai aposta alto no Natal. O objetivo, porém, é conseguir pelo menos empatar com o ano passado e garantir o mesmo faturamento. “A expectativa é repetir esse ano o que conseguimos fazer no ano passado, que foi um Natal bom”, afirmou a proprietária da Casa Futuro, Cláudia Travesso, que está inaugurando na próxima segunda-feira sua loja de Natal no bairro de Lourdes, região Centro-Sul de Belo Horizonte. As lojas temáticas de Natal do Minas Shopping e do BH Shopping serão inauguradas a partir de 1º de outubro, segundo Cláudia.
 
Esse é o mesmo objetivo da Alexandre Maia, da loja de decoração Casa Maia. “No varejo, já está muito bom se conseguirmos faturar o mesmo que o ano passado”, afirmou o empresário. A partir de 1º de outubro, as duas unidades da Casa Maia de Belo Horizonte já terão material de Natal para venda.
 
As duas empresas, porém, preveem crescimento no setor corporativo. “Nas vendas para pessoa jurídica, já no ano passado, alcançamos um crescimento de cerca de 12% na comparação com 2014”, afirma Cláudia. Já Alexandre, acredita que pode ter um crescimento de até 20% em 2016 nesse segmento na comparação com o ano passado.
 
No setor de brinquedos, Altair Rezende, proprietário da Brinkel, loja do bairro Padre Eustáquio, na região Noroeste da capital mineira, também espera alcançar o mesmo faturamento do Natal passado. “Estamos trabalhando para igualar o resultado de 2015”, afirma Rezende, que relata uma queda nas vendas no Natal do ano passado, de cerca de 10%, na comparação com o ano anterior.
 
Supermercados. Outro sinal do Natal chegando são os panetones nos supermercados. Desde a última segunda-feira, o produto já podia ser comprado nas lojas do Walmart. Segundo a empresa, a aposta neste ano são as iguarias natalinas de até R$ 11. A psicóloga Luciane Marra Cunha, 42, acha que os panetones nas lojas ajudam o consumidor a entrar no clima de Natal. “Eu ainda não comprei, mas acho interessante já ter a opção. Os produtos estão mais caros do que estavam no ano passado, mas o Natal tem apelo”, afirma. “Esse ano devemos ter um Natal ainda mais difícil do que em 2015, por isso acredito que as vendas serão menores”, opina a empresária Letícia Machado.
 
Temporários
 
Queda. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que 135 mil temporários serão contratados para o Natal neste ano. Uma queda de 2,4% na comparação com 2015.
 
Estratégia
 
Diversificar para garantir o cliente

 
As lojas de decoração de Belo Horizonte estão investindo em novas estratégias e diversificação de serviços e produtos para atrair o cliente e garantir o faturamento. As lojas temporárias da Casa Futuro estão investindo nos eventos para diferenciar-se da concorrência. Cursos de culinária, de decoração de mesa, e até lançamento de jóias estão na programação. “Queremos fazer da loja da rua Rio de Janeiro (no bairro de Lourdes), um point. Não vamos oferecer apenas decoração”, diz Cláudia Travesso, da Casa Futura.
 
Já na loja de decoração Casa Maia, a ida de vendedores às casas de clientes tem sido um diferencial segundo proprietário da empresa, Alexandre Maia. “Já fazíamos isso antes, mas neste ano estamos fazendo com mais frequência e tivemos resultado”, diz Alexandre.
 
Produtos. As duas casas estão apostando em novidades. “Trouxemos cenários com papai Noel, luzes e árvores de Natal”, conta Cláudia. “Investindo em uma decoração mais europeia, com tons de branco e perolado” adiantou Alexandre. (LP)

CNC prevê queda nas vendas pelo segundo ano seguido
 
No Brasil, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê uma queda nas vendas de Natal pelo segundo ano consecutivo. A Confederação estima um recuo de 3,5% no varejo, o equivalente à movimentação financeira de R$ 32,1 bilhões até dezembro.
 
Os produtos importados devem crescer esse ano na análise da CNC. Isso porque o real sofreu desvalorização de 16% “o que poderá estimular importações por parte do varejo e reajustes menos intensos do que no fim do ano”, diz a nota da Confederação. No ano passado, a queda da taxa de câmbio foi de 47%.
 
Para a entidade, o setor supermercadista, menos pressionado pelo dólar, deve sofrer uma retração menor que o varejo como um todo, de 1,6%. No ano passado, as vendas de Natal nesse segmento recuaram pela primeira vez em mais de uma década e tiveram uma queda de 4%.
 
Fonte: Jornal O Tempo


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