Carinhas que rendem milhões

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                                     Idealizada pela mineira Fofostore, almofadas e chaveiros caem no gosto do brasileiro



Uma carinha apaixonada, outra chorando de rir e até um "cocozinho" sorridente. Depois de invadir os bate-papos do WhatsApp e Facebook, os emoticons ganham a forma de almofada e chaveiro de pelúcia e fazem sucesso em todo o Brasil. O produto é fruto da ideia de três empreendedores mineiros que, a partir de um investimento-anjo de R$ 200 mil, criaram a startup Fofostore. Com oito meses de atuação, a empresa já vendeu 15 mil pelúcias e pretende fechar o ano com faturamento de R$ 2 milhões.

Um dos fundadores da startup, Charles Simão, explica que ele e os sócios Bruno Scolari e Marcelo Abritta perceberam que os emoticons de pelúcia poderiam ser uma boa aposta para o mercado de presentes para adultos no Brasil. Ele afirma que esse é um segmento que carece de novidades e de produtos de impacto. "Nosso produto tem um valor simbólico alto, pois é uma forma de expressar um sentimento e se conectar a outra pessoa", diz.

Além disso, a explosão dos emoticons no Brasil e o sucesso do comércio eletrônico no País também motivaram os sócios, que investiram R$ 200 mil para iniciar a operação, em novembro do ano passado. O aporte proveniente de um investidor-anjo foi suficiente para encontrarem um bom fabricante na China e produzirem a primeira linha de 6 mil pelúcias. Desde então, a startup já vendeu cerca de 15 mil unidades, de sete modelos diferentes.

Entre as pelúcias vendidas estão a carinha apaixonada, a chorando de rir, a mandando beijo e até o "cocozinho" sorridente, sendo que esse último é a vedete de vendas. "O Àcocozinho" é o que as pessoas mais gostam, pois é inusitado e divertido", diz. As almofadas custam entre R$ 59,90 e R$ 79,90 e o conjunto com todas é vendido por R$ 349,90. A Fofostore também comercializa chaveiros de pelúcia dos emoticons e o Kit deles custa R$ 79,90. A expectativa é de que os produtos rendam à startup um faturamento de R$ 2 milhões em 2015.

O sócio afirma que a startup recebeu recentemente uma segunda rodada de investimento: R$ 450 mil, de quatro investidores-anjo. Parte desse recurso será aplicado na produção de novos modelos de pelúcias. Segundo Simão, até o fim de 2015 serão produzidos mais cinco emoticons de pelúcia e, no período de um ano, a startup chegará a até 30 modelos diferentes. Entre eles estão os macaquinhos que tampam os olhos, os ouvidos e a boca, que são muito pedidos pelos clientes.

Outra parte do recurso será investido no plano de expansão da startup, que a partir da próxima semana passará a ter lojas físicas. Elas terão o formato de quiosque e serão instaladas em shoppings de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. De acordo com o sócio, a primeira unidade recebeu investimento de R$ 30 mil e será inaugurada no BH Shopping, localizado no bairro Belvedere, região Centro-Sul da Capital. A expectativa é fechar o ano com cinco quiosques, totalizando um investimento de R$ 150 mil.

Simão afirma que o investimento em lojas físicas é uma aposta da startup para ser multicanal. Ele destaca que a internet é um excelente ponto de venda, mas não substitui os demais. "Pelo e-commerce eu não consigo atingir o cliente que corre para o shopping para achar um presente ou que está andando entre as lojas e faz uma compra por impulso", diz.

Simão afirma estar otimista em relação à perenidade do negócio. Ele lembra que o mercado de pelúcia existe há um século e que os emoticons são uma evolução dos ursinhos. "Mesmo que o WhatsApp ou o Facebook não façam mais sucesso, nosso produto tem capacidade de ir além. Ele é a nova categoria do urso de pelúcia, mas tem uma pegada emocional muito maior e não é apenas um produto sazonal e de moda", garante.



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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