Forno de Minas negocia 30% de seu capital

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A Forno de Minas conta hoje com um mix de aproximadamente 100 produtos

 

Fundos private equity interessados . 

 

A venda de 30% das operações da Forno de Minas Alimentos S/A, com planta em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está prestes a ser concluída. Em até 90 dias o negócio deverá estar fechado e a empresa mineira, com cerca de R$ 150 milhões captados para iniciar um novo ciclo de investimentos a partir do ano que vem. As informações são do diretor de Marketing e Desenvolvimento de Negócios da companhia, Ricardo Machado.

 

"Há alguns fundos de private equity interessados e estamos finalizando as negociações.  um processo naturalmente lento e cauteloso, mas logo teremos uma conclusão", afirma.

 

O capital dará novo fôlego aos investimentos que a Forno de Minas vem realizando nos últimos anos na expansão de suas operações. O mais recente deles foi finalizado neste ano e soma R$ 40 milhões aportados em 24 meses. Parte desses recursos, conforme o diretor, foi direcionada à modernização e aumento da capacidade produtiva, bem como de armazenamento.

 

Atualmente a empresa conta com um mix de aproximadamente 100 produtos, distribuídos em categorias, como pães de queijo, folhados, empanadas, tortas e waffles. "Como o mix é bastante variado, fica difícil mensurar a quantidade produzida, mas podemos dizer que são estocadas ou comercializadas em 200 mil caixas por mês", diz. Quase 70% do faturamento vêm do grupo dos pães de queijo.

 

Mercado - Os investimentos realizados constantemente, somados à expansão de mercado, lançamentos de novos produtos e aumento das exportações, são o que têm mantido em alta os negócios da empresa, em meio à instabilidade da economia nacional. Para Machado, o momento é negativo para o setor industrial, principalmente em se tratando do cenário de inflação e alta dos juros que vive o país, e por isso, essas questões têm sido fundamentais para que Forno de Minas consiga manter em alta suas operações.

 

"Para se ter uma ideia, dessa maneira, enquanto muitas empresas amargaram perdas, conseguimos encerrar o primeiro trimestre com aumento de 30% das vendas sobre igual período do ano passado", diz.

 

Já para o restante do ano, as expectativas são menos audaciosas, mas se mantêm otimistas e a previsão é de que as vendas sejam ampliadas em pelo menos 20% frente ao segundo semestre de 2012. "Dessa forma, deveremos encerrar este ano com crescimento entre 25% e 30% em relação ao ano anterior. Dada a conjuntura, consideramos um resultado interessante", completa.

 

No ano passado, a companhia faturou R$ 136 milhões. Em relação ao exercício imediatamente anterior isso equivale a 35% de crescimento, já que em 2011 o montante havia sido de R$ 101 milhões. Na época, a empresa atribuiu o resultado à reestruturação das estratégias de atuação por meio do aumento da força de vendas em todo o país. Somente em 2012 entre 100 e 150 pessoas foram adicionadas ao contingente de vendas da empresa, que tem hoje 650 funcionários.

 

Mas, a grande aposta para o atual exercício diz respeito às exportações. Conforme Machado, os embarques, que até o ano passado representam cerca de 5% dos negócios da companhia chegarão em breve à casa dos dois dígitos. Segundo ele, a estratégia será aprimorar os negócios já existentes em parte da Europa e da América Latina e em países como Estados Unidos e Canadá. "Em breve estaremos também nos Emirados Árabes Unidos", revela. 

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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