Nestlé tem problemas de distribuição e estuda fechar novas parcerias

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A Nestlé, maior fabricante de alimentos do mundo, está com problemas para distribuir sorvetes. A companhia, que tem cerca de 23% das vendas desse mercado e perde apenas para a marca Kibon, da Unilever, informou que tem "um problema pontual com um único distribuidor" em Natal, no Rio Grande do Norte, e João Pessoa, na Paraíba, e que "está analisando outras oportunidades e possibilidades de novos parceiros".

Falhas no abastecimento, segundo redes de supermercados ouvidas pelo Valor, têm ocorrido também em outros Estados nordestinos e na região Centro-Oeste. A multinacional nega e informa que tem 39 distribuidores de sorvetes, sendo dez para as regiões Norte e Nordeste e cinco para o Centro-Oeste.

A Nestlé tem apenas uma fábrica de sorvetes, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e a distribuição é terceirizada, com caminhões climatizados. "É uma operação cara [mandar sorvete do Rio para o Nordeste]", diz uma fonte de uma grande rede de supermercados.

A Unilever, que tem mais da metade das vendas de sorvete no país, com a marca Kibon, tem duas fábricas de sorvete no país, em Valinhos, no interior de São Paulo; e em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.

Em julho deste ano a Unilever mexeu na sua política de distribuição de sorvetes. Eliminou os distribuidores nas praças mais importantes - São Paulo e Rio - para aumentar a margem de negociação com as grandes redes de varejo.

A Nestlé informa que não pretende assumir a distribuição de sorvetes. Na semana passada, a companhia deu um passo importante na sua política de terceirização: teve sinal verde do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para sua parceria com a Ambev, a maior fabricante de cervejas do país. Esta vai distribuir duas marcas de água da Nestlé a partir de fevereiro para pequenos varejistas na região Sudeste, na Bahia e no Paraná.


Veículo: Valor Econômico


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