Pif Paf Alimentos expande mercado

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A Rio Branco Alimentos S/A, detentora da marca Pif Paf, deverá encerrar este exercício com incremento entre 25% e 30% no faturamento, que deve alcançar R$ 1,3 bilhão. A alta é atribuída à expansão da atuação no mercado e ao reajuste dos preços, já que que os custos de produção subiram e parte repassado ao consumidor final.

De acordo com o diretor comercial da empresa, Edvaldo Campos, o crescimento do faturamento da empresa também está atrelado à inauguração da fábrica de salsicha, em Palmeira de Goiás, em Goiás. A unidade, inaugurada em abril, tem capacidade de produção de 2,4 mil de toneladas ao mês e já se encontra em plena atividade.

A nova fábrica demandou investimentos da ordem de R$ 6,5 milhões e gera 140 empregos. A unidade integra o complexo agroindustrial do grupo, que é um dos maiores do setor de alimentos. O sistema já possui matrizeiro, incubatório e abatedouro.

"Estamos trabalhando próximo à capacidade total da fábrica de salsichas. O aumento da renda da população, principalmente das classes C e D, tem contribuído para que a comercialização do produto seja ampliada. A região Nordeste do país é uma das principais demandadoras, onde nossa participação é feita através de pequenos distribuidores", ressalta Campos. A produção da indústria é voltada para os estados da Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro, além do Triângulo Mineiro. O item também é exportado, principalmente para Cuba, que absorve cerca de 20% da produção.

Demanda - A demanda crescente pelos produtos da Pif Paf tem incentivado outros investimentos do grupo. Atualmente estão sendo aplicados cerca de R$ 10 milhões na ampliação da unidade de massas congeladas localizada em Leopoldina, na Zona da Mata. O projeto prevê incremento de 30% na produção e a expectativa é concluir a etapa até 2013. De acordo com Campos, o aporte se tornou necessário uma vez que a unidade já opera com a capacidade total. Na fábrica são produzidas lasanhas, pizzas e pão de queijo.

Outros produtos que estão com as vendas em alta são os pré-preparados, como as opções de frango em pedaços e temperados. Além do preparo fácil, o que atrai o consumidor, os produtos também possuem alto valor agregado, gerando maior retorno financeiro para a indústria.

"Estamos investindo nas linhas de produtos de fácil preparo. Além das massas que têm a demanda forte, outro segmento que vem crescendo significativamente são os pré-preparados. Oferecemos produtos práticos, mas sem retirar o prazer do consumidor em prepará-los. A principal demanda é pelos cortes de frango, muito utilizados também em churrasco", diz.

Desafio - Um dos desafios do grupo para os próximos meses se refere à oferta de carne in natura de frango e suíno. Segundo Campos, com a alta significativa dos custos de produção, que foram alavancados pelo encarecimento do milho e do farelo de soja, principais insumos da atividade, produtores de aves e suínos estão acumulando prejuízos, já que os preços das carnes não conseguem superar os custos e gerar rentabilidade. E muitos estão descartando as matrizes, o que pode gerar falta de animais no futuro.

"O comprometimento do capital de giro das granjas poderá interferir de forma negativa na produção e existe a possibilidade de redução da oferta ao longo dos próximos meses, já que não há expectativa de aumento da oferta de grãos no mercado mundial. Além disso, somente parte desse aumento foi repassada ao consumidor", disse.

A redução da oferta mundial de grãos é atribuída à quebra da safra de milho e de soja nos Estados Unidos, principal exportador de grãos. Com a nova redução, em um período em que os estoques de grãos já estava baixos, a tendência é de manutenção dos preços em alta. A produção brasileira na safra 2011/12 foi satisfatória, porém a demanda proveniente de países, antes compradores de milho e soja dos EUA, foi voltada para o Brasil, o que vem limitando os negócios no mercado interno.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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