Vapza reduz pacote e atrai mulheres

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A Vapza, fabricante paranaense de alimentos cozidos a vapor e embalados a vácuo, decidiu encolher a embalagem da batata - em vez de um saquinho de 500 g, dois de 250 g - e mirou o público feminino de 25 a 50 anos, das classes A, B e C. "Fizemos [a mudança] sem aumentar preço e tornou-se o nosso produto mais procurado", diz o presidente Welinton Milani.

A reformulação faz parte de um plano maior que inclui ampliação e modernização da fábrica, em Castro (PR), e aumento do mix de produtos. A meta é aumentar o faturamento em 45% neste ano, para R$ 53 milhões. Em 2011, a receita ficou em R$ 37 milhões, 26% a mais que em 2010.

Há quatro anos a diretoria da Vapza decidiu investir na imagem, e em 2009 contratou uma consultoria para auxiliar na reestruturação da marca. Até o ano passado, investiu R$ 10 milhões em equipamentos, expansão do departamento comercial, alteração de embalagens e lançamento de dez produtos. "A empresa adotou a estratégia de não crescer muito e melhorar a produtividade", diz Milani.

Em 2012, a Vapza está recebendo outros R$ 4 milhões na ampliação e modernização da fábrica em Castro (PR), o que deve resultar em um aumento de 80% da capacidade de produção. Hoje, a companhia produz 600 toneladas ao mês, segundo Milani, e a meta é chegar a 1.100 toneladas mensais até o fim deste ano.

Milani afirma que não há planos para montar uma fábrica nova, já que a atual foi modernizada, mas não descarta criar um novo centro de distribuição, "talvez em São Paulo". Atualmente a Vapza tem um centro em Curitiba.

A principal aposta da empresa não é o consumidor final, e sim, o cliente corporativo, diz Milani. "O varejo cresce bastante, mas o 'food service' é nosso foco, onde temos crescido mais". Dos R$ 37 milhões faturados no ano passado, 43% vieram desse segmento, sendo hotéis, motéis e restaurantes os principais clientes, seguidos pelos supermercados (36%), com destaque para as lojas de até quatro caixas. A cozinha industrial respondeu por 17% da receita e as exportações, 4%.

Segundo ele, não há dados sobre o tamanho do mercado de comida embalada a vácuo, "mas há potencial para crescer", principalmente porque não há uma empresa com o mesmo perfil. "A Vapza enfrenta concorrência indireta de alimentos in natura, enlatados e pratos prontos". A Marfrig, por exemplo, vende carnes embaladas a vácuo, mas não cozidas e prontas para esquentar e comer.

Milani diz que a Vapza exporta para Angola, Venezuela, Inglaterra e Panamá, e que está em fase final de negociação para enviar produtos aos Estados Unidos, Japão, Peru e Chile, mas que o mercado doméstico é mais importante no momento. A empresa se estrutura para entrar nas regiões Norte e Nordeste, onde ainda não está presente.

Os produtos da marca estão em 4.500 pontos de venda espalhados por 11 Estados, e a meta é chegar a outros 1.500 estabelecimentos ainda este ano. De seis distribuidores há quatro anos, a empresa passou para 25 em 2011. A Vapza foi fundada em 1995.



Veículo: Valor Econômico


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