Menor oferta de leite limitou queda dos preços ao produtor em janeiro

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A redução da oferta de leite em algumas regiões do país fez os preços da matéria-prima ao produtor brasileiro ficarem praticamente estáveis em janeiro, diferentemente do que costuma ocorrer nessa época do ano. De acordo com levantamento da Scot Consultoria, o preço médio do leite – que foi entregue aos laticínios em dezembro passado – teve ligeira queda de 0,2% sobre o mês anterior, e ficou em R$ 1,102 por litro.


Acompanhamento do Cepea/Esalq também mostrou leve recuo, de 0,15%, no preço médio no mês, para R$ 1,1885 por litro. Entre as bacias leiteiras onde a produção diminuiu estão o Sul do país – um movimento já esperado. Mas também houve queda no Sudeste, onde normalmente o auge da produção acontece em janeiro. "Este ano, o pico foi em dezembro", explicou Rafael Ribeiro, analista da Scot Consultoria.


O Índice Scot de Captação de Leite mostra que a produção da matéria-prima, na média nacional, caiu 0,1% em dezembro em relação a novembro e 0,6% em janeiro na comparação com o mês anterior. Além da menor oferta no Sudeste – que ainda reflete problemas climáticos em algumas regiões e o menor investimento em alimentação do rebanho -, a reposição de estoques de leite longa vida no fim do ano pelo varejo também contribuiu para segurar os preços da matéria-prima.


Segundo o levantamento da Scot Consultoria, o preço médio do longa vida no atacado paulista em janeiro subiu para R$ 2,42 o litro – em dezembro, havia ficado em R$ 2,38. A expectativa, agora, é de que a produção de leite siga em queda no país até junho, o que deve manter os preços ao produtor firmes, de acordo com Ribeiro.


No curto prazo, a expectativa é de que uma melhora na demanda – que esteve minguada durante o período de férias – também contribua para deixar os preços mais firmes. A pesquisa da Scot, que é feita com mais de 140 laticínios em 17 Estados, indica que os preços ao produtor do país devem seguir estáveis no pagamento deste mês. Essa é avaliação de 50% dos ouvidos. Outros 26% falam em alta da matéria-prima e 24% acreditam em queda das cotações.

 


Por Alda do Amaral Rocha | De São Paulo


Fonte: Valor Econômico

 

 


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