Preço do leite pago ao produtor cai 0,5% em setembro

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O preço do leite pago aos pecuaristas em setembro, referente à produção entregue em agosto, em Minas Gerais, apresentou retração de 0,5%, com o litro negociado a R$ 1,11, média do preço bruto. A queda se deve ao aumento de 2,6% observado na captação do produto. Para o próximo mês, a expectativa é de nova retração, uma vez que a produção vai manter-se em alta.

De acordo com os dados do Boletim do Leite, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), assim como em Minas Gerais, o preço do leite pago ao produtor caiu na média Brasil, que é composta pela média ponderada dos resultados obtidos nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Na média do país, o valor líqüido (sem frete e impostos) pago ao produtor recuou 0,81% de agosto para setembro, fechando a R$ 1,003 por litro. Na comparação com setembro de 2013, o preço está 8,9% inferior. O preço bruto médio (que inclui frete e impostos) pago ao produtor foi de R$ 1,089 por litro em setembro, redução de 0,75% em relação ao mês anterior.

Segundo os pesquisadores do Cepea, o recuo nos valores pagos ao produtor foi influenciado, principalmente, pelo aumento da captação em todos os estados pesquisados. Além disso, a demanda fraca no mercado consumidor interferiu negativamente nas cotações dos derivados no atacado.

O aumento da captação de leite está atrelado à proximidade do período de pico na safra sulista, ao início da temporada leiteira nacional e à ocorrência de chuvas em algumas regiões do Centro-Oeste e Sudeste do país. A desvalorização do concentrado (composto principalmente por milho e soja), nos últimos meses também favoreceu a melhor alimentação dos animais, resultando em elevação da produtividade do rebanho leiteiro.

Em agosto de 2014, o Índice de Captação do Cepea (Icap-L/Cepea) teve alta de 5,41% em relação a julho e de 16,5% na comparação com agosto de 2013. Em Santa Catarina, foi registrado o maior aumento na captação (13,3%). Em Minas Gerais a alta foi de 2,6%.


Expectativa - Para outubro, a expectativa da maior parte dos representantes de laticínios e cooperativas é de queda nos preços. Mais da metade dos compradores consultados pelo Cepea (52,5%), que representam 75,1% do leite amostrado, acredita que haverá novo recuo nos valores em outubro, enquanto 41,4% (20,4% do volume captado) indicam estabilidade. Apenas 6,1% dos agentes sinalizam uma possível alta em outubro. Essas expectativas refletem a elevada disponibilidade de leite nas principais regiões produtoras.

Apenas 3 regiões tiveram elevação

Em Minas Gerais, somente no Vale do Rio Doce, no Triângulo Mineiro e no Alto Paranaíba houve elevação na cotação do leite em setembro, de acordo com dados do Boletim do Leite, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No Rio Doce, o litro, na média bruta, foi negociado a R$ 1,2, alta de 0,59%. O preço líqüido ficou 0,73% maior e foi negociado a R$ 1,1.

Os pecuaristas do Alto Paranaíba e Triângulo receberam pelo litro de leite R$ 1,11, valor líqüido que ficou 0,72% superior. Elevação, também, na média bruta, 0,58%, com o litro avaliado a R$ 1,2.

Na Zona da Mata foi registrada a maior queda no Estado, com o litro de leite avaliado a R$ 0,92 na média bruta, retração de 3,53% e a R$ 0,86 em valores líqüidos, o que representou uma desvalorização de 3,73% sobre os valores pagos em agosto. O maior preço pago pelo litro de leite foi de R$ 0,97 e o mínimo de R$ 0,79.

No Sul e Sudoeste de Minas, a queda foi de 3,21% no valor bruto, R$ 0,92 por litro, e de 3,15%, nos preços líqüidos, com o pecuarista recebendo R$ 0,85 pela negociação do leite.

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a queda nos preços ficou em 0,47%, média bruta, e em 0,24% nos valores líqüidos. A cotação do leite apresentou média bruta de R$ 1,17 e líquida de R$ 1,07.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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