Preço do leite pago ao produtor fica praticamente estável em agosto

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Lucratividade em Minas está garantida



Apesar do aumento de 2,5% na captação de leite em Minas Gerais, os pecuaristas continuaram a receber valores lucrativos pela negociação do produto. Segundo o Boletim do Leite, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em agosto, os preços mantiveram-se praticamente estáveis, com pequenas variações médias positivas de 0,54% e 0,62% no Estado. O preço do litro de leite, pago em agosto pela produção entregue em julho, ficou entre a média líquida de R$ 1,03 e a média bruta de R$ 1,11. Para setembro é esperada nova estabilidade nos valores.

De acordo com os pesquisadores do Cepea, o cenário observado no Brasil foi o mesmo apresentado em Minas Gerais, de estabilidade. Na média dos estados - Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo -, o valor médio líqüido do leite, em agosto, foi de R$ 1,01 por litro, ficando 0,08% inferior ao de julho, mas 6,11% abaixo do de agosto de 2013. O preço bruto nacional foi de R$ 1,09 por litro em agosto, pequeno recuo de 0,14% em relação a julho e 4,9% inferior ao mesmo período do ano passado.

Em relação à produção de leite, o Índice de Captação de Leite do Cepea (Icap-l/Cepea) apresentou alta de 3,8% de junho para julho de 2014 e de 12,77% em relação a julho de 2013. De acordo com os pesquisadores do Cepea, as condições climáticas favoráveis nas regiões Sul e Nordeste e os investimentos realizados por produtores no correr do ano influenciaram no aumento da produção.

Em Minas Gerais, o incremento foi de 2,5% no volume captado. Apesar do período de seca e de entressafra do leite, os preços remunerativos recebidos pelos pecuaristas desde meados de 2013 estimularam os investimentos tanto em melhorias genéticas como na alimentação do rebanho, o que vem respondendo através do ganho em produtividade.

Em relação à cotação do produto, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) foi registrada a maior alta no Estado, com o litro de leite avaliado em R$ 1,18 na média bruta, alta de 2,85% e em R$ 1,07 em valores líqüidos, o que representou uma elevação de 2,78% sobre os valores pagos em julho. O maior preço pago pelo litro de leite foi de R$ 1,46 e o mínimo de R$ 0,76.


Regiões - Na Zona da Mata a elevação dos preços ficou em 0,67%, nos preços brutos, e em 1,12% nos valores líqüidos. A cotação do leite apresentou média bruta de R$ 0,89 e líquida de R$ 0,96.

Nas demais regiões pesquisadas foram observadas desvalorizações nos preços líqüidos do leite. A maior queda ficou nas regiões Sul e Sudeste. O preço bruto, R$ 0,95, ficou 1,38% menor que o praticado em julho. Enquanto o valor líqüido, R$ 0,88, recuou 1,23% quando comparado com os preços praticados no mês anterior.

No Vale do Rio Doce, a queda de 0,07% fez com que a cotação, média líquida, do litro de leite encerrasse agosto em R$ 1,09. O valor bruto aumentou 0,07%, com o litro do leite negociado a R$ 1,2.

Os pecuaristas do Alto Paranaiba e Triângulo Mineiro receberam pelo litro de leite R$ 1,10, valor líqüido que ficou 0,27% inferior. Queda também na média bruta, 0,22%, com o litro avaliado a R$ 1,19.

De acordo com a pesquisa do Cepea, para setembro, as expectativas apontadas pelos laticínios e cooperativas consultados são, principalmente, de estabilidade nos preços do leite captado em agosto.

Dentre as empresas consultadas, 62,4%, que representam 51,2% do leite amostrado, acreditam em estabilidade. Outros 24,7%, que respondem por 34,3% do volume captado, esperam queda, enquanto os 12,9% restantes apontam alta nas cotações.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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