A divisão entre os que estão dentro e os que estão fora do Instituto Gaúcho do Leite (IGL) se consolida nesta semana. Ontem, enquanto integrantes do instituto definiam as próximas ações, o conselho de representantes da Federação da Agricultura do Estado (Farsul) concedia autonomia para a diretoria decidir pela adesão ou não. O presidente da federação, Carlos Sperotto, afirmou que da forma como está, a Farsul não deve participar.
– Também nos foi autorizada a adoção de procedimentos jurídicos, se necessário – acrescentou Sperotto.
Em outras palavras, a possibilidade de ingressar com uma ação na Justiça – a exemplo do que já havia cogitado o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat) – não está descartada.
Gilberto Piccinini, presidente do IGL, afirma que no que diz respeito às regras e à composição da entidade “está tudo fechado, não tem mais volta”. Nas próximas duas semanas, deve ser finalizado o registro em cartório. Também já se busca uma sede para a entidade. Com os atuais 35 integrantes do instituto, representa, conforme o consultor Ardêmio Heineck, 85% dos produtores e 75% da produção de leite.
– A gente respeita a opinião contrária, é um direito que se tem pensar diferente. Sabemos que fizemos tudo que era possível – afirma Piccinini.
Em outras palavras, por ora, não serão revistos pontos aprovados em uma assembleia para a qual as entidades do setor foram convidadas.
As eventuais disputas judiciais que poderão surgir em torno do IGL podem interferir na assinatura do convênio que permitirá o acesso aos recursos do Fundoleite ou atrasar o início das atividades, em especial aquelas voltadas à qualificação e assistência do produtor gaúcho? Piccinini garante que não:
– Com certeza, começaremos os trabalhos ainda em 2014.
Veículo: Zero Hora - RS