Demanda lenta e oferta elevada afetam os preços na suinocultura

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O desempenho do mercado de carne suína foi bastante prejudicado ao longo de janeiro pela combinação de demanda lenta e de oferta elevada. De acordo com o analista de Safras & Mercado Allan Maia, os frigoríficos relataram grandes dificuldades na comercialização e no repasse de preços ao longo do mês e as perspectivas também se mostram pouco animadoras para fevereiro.
 
Maia comenta que a média de preços do suíno vivo no Centro-Sul do Brasil recuou 5,94% entre o final de dezembro e janeiro, passando de R$ 3,68 para R$ 3,46. O atacado também sofreu significativa depreciação dos preços. Os cortes de pernil tiveram retração de 3% no mesmo período de comparação, de R$ 7,29 para R$ 7,07. O quilo médio da carcaça sofreu baixa de 5,13%, de R$ 6,02 para R$ 5,71.
 
Por outro lado, os custos não deram sossego aos produtores no primeiro mês do ano e subiram significativamente, puxados pelo milho e o farelo de soja, insumos básicos que compõem a ração para a alimentação dos animais. “Muitos produtores tiveram sua margem de lucratividade bastante apertada ao longo de janeiro pela alta da energia elétrica também, o que levou alguns suinocultores a relatarem que estão trabalhando com prejuízos”, comenta.
 
Exportações - Nas exportações, Allan acredita que o desempenho do mercado suíno em janeiro tende a ser positivo. “Tudo indica que os embarques totais de carne suína possam ficar próximos de 46 mil toneladas em janeiro. O volume de carne suína in natura exportado nos primeiros 15 dias úteis do mês supera as 27,8 mil toneladas embarcadas no mesmo mês do ano passado. Até agora foram embarcadas 29,3 mil toneladas, segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior”, sinaliza.
 
A análise de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo foi cotada a R$ 69,00 na quinta-feira passada, ante os R$ 79,00 praticados na última semana de dezembro. Nas mesmas comparações, na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo caiu de R$ 3,08 para R$ 2,98, enquanto no interior a cotação retrocedeu de R$ 3,80 para R$ 3,42.
 
Em Santa Catarina o preço do quilo passou de R$ 3,09 para R$ 2,93 na integração. No interior, a cotação caiu de R$ 3,63 para R$ 3,34. No Paraná o quilo vivo seguiu em R$ 3,70 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo baixou de R$ 3,90 para R$ 3,70.
 
No Mato Grosso do Sul a cotação teve baixa de oito centavos desde o final de dezembro, chegando a R$ 3,05 na integração, enquanto em Campo Grande o preço cedeu de R$ 3,40 para R$ 3,30. Em Goiânia, o preço caiu de R$ 4,38 para R$ 4,10.
 
No interior de Minas Gerais o quilo baixou de R$ 4,35 para R$ 4,05. No mercado independente mineiro a cotação caiu de R$ 4,06 para R$ 3,90. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis retrocedeu de R$ 3,36 para R$ 3,29.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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