Cotação do boi gordo registra queda diante de grandes escalas de abate

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No decorrer deste mês, os frigoríficos de carne bovina brasileira em geral seguiram forçando a baixa no mercado físico. Os preços de balcão continuaram em queda em boa parte do Centro-Sul do País, com exceção do Rio Grande do Sul, que ainda se depara com uma oferta mais limitada, resultando em escalas mais curtas, o que faz da cotação do boi gordo no Estado a mais elevada do País.

Nos demais estados a pressão de baixa vem se consolidando. A expectativa é que ela perdure até o final do mês. Até mesmo os frigoríficos de menor porte têm conseguido dar bom seguimento às suas escalas de abate. No Norte do País a oferta de animais segue expressiva. Os fretes e demais tributos ainda são um complicador.

De acordo com relatório semanal divulgado pela empresa de consultoria em agronegócio Safras & Mercado, essa situação ajuda a entender a confortável posição das escalas de abate dos frigoríficos de maior porte, considerando que os mesmos possuem mais recursos para buscar o boi gordo em outros mercados regionais.

Os estabelecimentos de menor porte não dispõem das mesmas condições para buscar o boi gordo em outras regiões, dependendo da oferta em seu mercado local, que muitas vezes é insuficiente para atender toda a demanda.

Segundo Safras, a oferta de bovinos gordos ainda prossegue restrita, com retenção de bovinos pelos pecuaristas. Esses resistem em entregar pelos preços ofertados pela indústria. Por outro lado, as indústrias, com seus estoques abarrotados, prosseguem com a pressão baixista, com sucesso em diversas praças.

Realidade - Conforme analistas de Safras & Mercado, o fato é que o mercado está atuando em condições adversas, e o pecuarista, em algum momento, terá de se render ao mercado e atender a atual realidade. Há retração geral do consumidor e também do mercado externo. Segundo o boletim semanal divulgado pelo Sindifrio, o pecuarista deve entregar os bovinos gordos, pois tem compromissos a cumprir.

A média semanal de preços (de 20 a 23 de julho) em São Paulo foi de R$ 143,25 a arroba. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou em R$ 137,25. Em Minas Gerais, a arroba encerrou em R$ 132,50. Em Goiás, ficou a R$ 131,75. Em Mato Grosso, o preço ficou a R$ 134,00.

Já o mercado atacadista operou indefinido, travado e enxuto, segundo Safras, à espera da recuperação do mercado consumidor. As ofertas estão reduzidas, acompanhando a redução dos abates. Entretanto, os atacadistas estão com as câmaras abarrotadas. Resumo: ofertas reduzidas, vendas no varejo lentas e ambiente altamente especulativo. A previsão é de que o mercado continue enxuto e com leve tendência de elevação de preços. No atacado, a média semanal de preços ficou em R$ 10,75 nos cortes de traseiro e de R$ 7,98 nos cortes de dianteiro.



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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