Com exportações, preço do frango volta a subir

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O bom desempenho das exportações de carne de frango em junho e agora em julho garantiu nova valorização aos preços do produto vivo. A exceção ficou com as regiões Norte e Nordeste, onde os preços recuaram. De modo geral, de acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, o mercado se mostra empolgado com os bons volumes de embarques, tanto que a recuperação das cotações, na maior parte das praças, ficou acima da expectativa.

Para o restante do mês, as indicações apontam para uma acomodação dos preços, levando-se em conta o período de demanda menos aquecida da segunda quinzena. "Talvez tenhamos alguma alta ainda, mas não tão significativa quanto a observada nas últimas semanas", disse.

No atacado e na distribuição, o mercado apresentou valorização em São Paulo ao longo da semana. Para os produtos congelados, o quilo do peito na distribuição subiu de R$ 3,80 para R$ 3,85, a asa de R$ 5,45 para R$ 5,50 e a coxa de R$ 3,90 para R$ 4,00. No atacado, o quilo do peito passou de R$ 3,70 para R$ 3,75, a asa de R$ 5,15 para R$ 5,20 e a coxa de R$ 3,80 para R$ 3,90.

Nos cortes resfriados, Iglesias comenta que o preço se mostrou de estável a mais baixo frente às duas primeiras semanas do mês. O preço do peito na distribuição caiu dez centavos e foi cotado a R$ 4,00. Já o da asa e o da coxa se mantiveram, respectivamente, em R$ 5,50 e R$ 4,10. No atacado, o preço do quilo do peito recuou de R$ 4,00 para R$ 3,90, o da asa seguiu a R$ 5,30 e da coxa se manteve em R$ 4,00.

Exportações - Nas exportações, o desempenho observado até a segunda semana de julho segue muito favorável. "Se os volumes embarcados mantiverem o ritmo atual, será possível repetir o número de junho, quando mais de 400 mil toneladas de carne de frango foram exportadas", pontua.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), as exportações de carne de frango in natura do Brasil renderam US$ 244,2 milhões em julho (oito dias úteis), com média diária de US$ 30,5 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 149,4 mil toneladas, com média diária de 18,7 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.634,8.

Entre junho e julho, houve alta de 1,1% no valor médio exportado, um avanço de 5,6% na quantidade e uma desvalorização de 4,3% no preço médio. Na relação entre julho de 2015 e o mesmo mês de 2014, houve alta de 5,3% no valor total exportado, ganhos de 27,4% na quantidade total e desvalorização de 17,4% no preço médio.

Iglesias acredita que a previsão divulgada na semana passada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) de um crescimento de 5% nas exportações de carne frango neste ano frente ao anterior é bastante otimista. "Não sei se a recuperação será suficiente para chegarmos a esse patamar. Por enquanto manteria o crescimento na casa de 3%", afirma.

O levantamento realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que o preço do frango vivo em Minas Gerais subiu de R$ 2,60 para R$ 2,75. Em São Paulo passou de R$ 2,60 para R$ 2,70.

Na integração catarinense a cotação do frango vivo subiu de R$ 2,40 para R$ 2,44. No Paraná, teve alta de R$ 2,35 para R$ 2,45 na integração (oeste do Estado). Na integração do Rio Grande do Sul passou de R$ 2,45 para R$ 2,50.

No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango subiu de R$ 2,50 para R$ 2,60. No Distrito Federal avançou de R$ 2,60 para R$ 2,70. Em Goiás o quilo vivo foi cotado a R$ 2,65, alta de dez centavos frente à última semana.

Em Pernambuco, o quilo vivo caiu de R$ 3,50 para R$ 3,30. No Ceará a cotação recuou de R$ 3,50 para R$ 3,20, enquanto no Pará teve queda de R$ 3,85 para R$ 3,50.



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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