ABUNDÂNCIA: Tendência é de baixa para o mês de maio, por causa do tempo firme
Reajustes de até 18% nos preços de algumas espécies marcaram a comercialização de pescado em Belém, no mês passado, de acordo com pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), em parceria com a Secretaria Municipal de Economia (Secon). O levantamento inclui os preços dos 38 tipos de peixes mais consumidos nos mercados municipais da capital, além do camarão regional e do caranguejo. No geral, os valores seguiram o padrão de aumento que apresentam desde janeiro. No Mercado de Peixe do Ver-o-Peso, os vendedores garantem que o preço vai diminuir neste mês, pois o tempo menos chuvoso resulta em pescas mais abundantes.
A pesquisa mostra que em abril peixes como sarda e pirapema ficaram 18% mais caros. A dourada teve alta de 9,7%, enquanto a pescada branca teve reajuste de 8,9%. Já o filhote ficou 4,2% mais caro. Poucas espécies apresentaram recuo nos preços. As mais significativas foram o mapará, com queda de 11% e o peixe-pedra, com queda de 7,9%. A pesquisa também avaliou a variação de preço entre os meses de janeiro e abril deste ano. Neste período, se destacaram a traíra e o camurim, espécies que ultrapassaram 40% de aumento.
Nos primeiros quatro meses de 2015, somente duas espécies apresentaram queda de preços. No caso da piranha, a redução foi de 29,70%, enquanto o mapará teve diminuição de 5,50%. O peixeiro Ubiratan Mercedes afirma que os aumentos estavam acontecendo por causa da dificuldade enfrentada pelos pescadores com as chuvas intensas. “A partir de agora, o tempo está ficando mais seco e a pesca vai ser mais abundante. A dourada, que está a R$ 15 em alguns lugares, poderá chegar a R$ 8. O filhote, que chegou a ser vendido por R$ 25 em abril, vai sair por R$ 18”, garantiu.
Veículo: O Liberal - PA