A avicultura de corte brasileira apresentou grande instabilidade ao longo de março, segundo a avaliação do analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias. "No início do mês algumas praças esboçaram reação, especialmente São Paulo, mas os preços acabaram cedendo em Minas Gerais e em praças do Centro-Oeste. Isso mostra que o mercado de frango não tem conseguido apresentar movimentos altistas de preço de forma geral", avalia.

Para Iglesias, tal situação ocorre por conta da oferta elevada de carne de frango no mercado interno, o que acaba prejudicando os produtores. Por outro lado, para o consumidor final, diante da disparada de preços da carne bovina, a manutenção das cotações do frango soa positiva, favorecendo a demanda, especialmente em um ano no qual a inflação está bem acima do centro da meta.

A análise mensal de Safras mostrou que, no atacado e na distribuição, os preços dos cortes congelados e resfriados no mercado de São Paulo tiveram algumas variações em relação ao final de fevereiro. Na quinta-feira passada, para os produtos congelados, o quilo do peito na distribuição foi cotada a R$ 4,15, ante os R$ 4,05 registrados em 27 de fevereiro. O valor da coxa seguiu em R$ 3,45 e o da asa teve queda de 15 centavos, de R$ 5,75 para R$ 5,60. No atacado, o quilo do peito subiu de R$ 3,92 para R$ 4,00, o da coxa recuou de R$ 3,35 para R$ 3,30 e o da asa caiu de R$ 5,55 para R$ 5,40.

Resfriados - Nos cortes resfriados, o preço do peito na distribuição ao longo do mês subiu de R$ 4,25 para R$ 4,30 o quilo, o da coxa avançou de R$ 3,55 para R$ 3,60 e o da asa recuou de R$ 5,85 para R$ 5,80. No atacado, o preço do peito foi reduzido de R$ 4,15 para R$ 4,10, o quilo da coxa recuou de R$ 3,45 para R$ 3,40 e o da asa caiu de R$ 5,60 para R$ 5,50.

Nas exportações, o analista afirma que o desempenho tem ficado bem abaixo do esperado, apesar do câmbio favorável aos negócios. "Essa é uma realidade que vem sendo sentida diretamente pelo setor, que deve contabilizar, durante todo o mês, embarques da ordem de 295 mil toneladas, volume aquém das pouco mais de 318 mil toneladas exportadas em março do ano passado", disse.

O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que o preço do frango vivo em Minas Gerais recuou de R$ 2,60 para R$ 2,40. Em São Paulo o quilo vivo permaneceu em R$ 2,40. Na integração catarinense a cotação seguiu em R$ 2,30. No Paraná, permaneceu em R$ 2,30 na integração (oeste do Estado). Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo continuou em R$ 2,30.

No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 2,50. No Distrito Federal, recuou de R$ 2,60 para R$ 2,50. Em Goiás, foi cotado a R$ 2,45, contra R$ 2,55 do final de fevereiro. Em Pernambuco, avançou de R$ 3,40 para R$ 3,50. No Ceará, a cotação subiu de R$ 3,40 para R$ 3,50, enquanto no Pará o quilo vivo passou de R$ 3,55 para R$ 3,65.




Veículo: Diário do Comércio - MG