O mercado brasileiro de frango encerrou a terceira semana de março começando a sentir os efeitos da elevação de oferta proveniente dos estados do Sul do Brasil. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, os efeitos nos preços começaram a ser sentidos em parte do Sudeste e Centro-Oeste, com recuos nos preços do quilo vivo pago ao produtor em Minas Gerais, Distrito Federal e Goiás
"Nas demais praças os preços não chegaram a sofrer mudanças, muito embora já exista um sinal de desaquecimento na demanda por conta da segunda quinzena do mês", explica. Iglesias sinaliza que embora os preços do milho ainda estejam em patamares inferiores aos registrados no mesmo período do ano passado, a trajetória de alta do cereal nas últimas semanas começa a trazer maior preocupação ao setor avícola, uma vez que as margens de remuneração começam a ficar pressionadas novamente.
Nas exportações, o analista afirma que o desempenho tem ficado abaixo do esperado, apesar do câmbio favorável aos negócios. "Essa é uma realidade que vem atingindo também a carne bovina e suína", comenta.
Iglesias acredita que seja possível encerrar março com embarques por volta de 307 mil toneladas de carne de frango, resultado que, se confirmado, irá superar as 296,39 mil toneladas registradas em fevereiro passado, mas que ficará abaixo das 318,068 mil toneladas exportadas em março de 2014.
Praças - O levantamento realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que o preço do frango vivo em Minas Gerais recuou de R$ 2,60 para R$ 2,50. Em São Paulo o quilo vivo permaneceu em R$ 2,40. Na integração catarinense a cotação seguiu em R$ 2,30. No Paraná, permaneceu em R$ 2,30 na integração (oeste do Estado). Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo continuou em R$ 2,30.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 2,50. No Distrito Federal foi cotado a R$ 2,50, ante R$ 2,60 da semana anterior. Em Goiás foi negociado a R$ 2,45, contra R$ 2,55 da última semana. Em Pernambuco continuou em R$ 3,50. No Ceará a cotação se manteve em R$ 3,50, enquanto no Pará o quilo vivo seguiu cotado a R$ 3,65.
Veículo: Diário do Comércio - MG