Setor de carnes tem maior potencial para elevar vendas do país à China, diz CEBC

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O setor de carnes (bovina, frango e suínos) nacional é o que apresenta o maior potencial para estimular vendas ao mercado chinês. Segundo André Soares, executivo do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) e um dos autores do estudo "Oportunidades de Comércio e Investimento na China para setores Selecionados", em carne bovina, por exemplo, é possível dobrar o valor no comércio bilateral entre os países. "O problema é que temos que superar a questão burocrática da habilitação de unidades aptas a exportar ao país, além de aumentar as parcerias em distribuição", disse.

"Acreditamos do potencial da China em alavancar as nossas vendas mas temos muita dificuldade de acessar esse mercado com qualidade", informou o diretor de Relações Governamentais da JBS Wilson Mello Neto. Ele explicou que o Brasil está conseguindo acessar a China via Hong Kong, inclusive com preços menores do que a China é capaz de pagar.

O diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Fernando Sampaio, disse que as vendas de carne bovina à China estão interrompidas desde 2012, por conta de um caso atípico de vaca louca no País.

"O embargo oficial não existe mais, mas não estamos conseguindo vender ao País. Estamos na fase da negociação de um novo protocolo/certificado sanitário para retomar exportações", afirmou. Na época do embargo, o Brasil vendia 17 mil toneladas de carne bovina ao País. Em 2014, foram 400 mil toneladas embarcadas para Hong Kong.

"Tivemos uma receita cambial recorde de US$ 7,2 bilhões de vendas externas de carne bovina. Um quarto disso foi para Hong Kong", completou Sampaio.

No levantamento da CEBC feito em conjunto com a Apex-Brasil, além da carne bovina, têm potencial de vendas ao mercado, a carne de frango e suína, suco de laranja e outros sucos, café, celulose, soja e calçados. "Carne suína também tem potencial grande, por conta do aumento da renda per capita do chinês. Hoje a China importa somente 2% do que é consumido, mas que já a coloca como a maior importadora mundial da proteína", disse a gerente da Apex-Brasil, Sophia Costa.



Veículo: Diário de Pernambuco


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