Frango e suíno com demanda fraca

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Durante a semana passada, o mercado do frango apresentou pouca mobilidade, o que já era aguardado, já que a reposição é tradicionalmente mais lenta durante o Carnaval. "Essa lentidão é a principal justificativa para a antecipação dos negócios durante o período", lembrou o analista da empresa de consultoria em agronegócio Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.

O mercado segue firme e os preços do frango vivo apresentaram reajustes nos últimos dias. Esse é um sinal que o setor se depara com um melhor ajuste de oferta, o que possibilita um ambiente firme de negócios. "Resta saber o comportamento do mercado durante a próxima semana, considerando o menor apelo ao consumo. Os preços devem retomar o movimento de alta no próximo período de virada de mês", completou Iglesias.

Em São Paulo, o quilo do frango vivo subiu de R$ 2,35 para R$ 2,40 entre os dias 12 e 19 de fevereiro. No mercado integrado gaúcho, a cotação estabilizou em R$ 2,30. Na integração catarinense, o preço avançou de R$ 2,25 para R$ 2,30.

No Paraná, o preço subiu de R$ 2,20 para R$ 2,30 O quilo do frango vivo. No Mato Grosso do Sul, a cotação passou de R$ 2,45 para R$ 2,50. Em Goiás, o quilo avançou de R$ 2,50 para R$ 2,55. A cotação em Minas Gerais subiu de R$ 2,55 para R$ 2,60. Em Brasília, o preço subiu de R$ 2,55 para R$ 2,60. Em Fortaleza e no Recife, o quilo do frango estabilizou na casa de R$ 3,40. Já em Belém do Pará, a cotação seguiu em R$ 3,55.

Suínos - Já o mercado brasileiro de suínos voltou a registrar novas quedas durante a semana passada e segue aguardando por uma melhora na demanda com a virada do mês, tendo em vista o recebimento da massa salarial. Na média diária da região Centro-Sul, o quilo do animal vivo recuou seis centavos na comparação com a semana retrassada, passando de R$ 3,34 para R$ 3,28.

Na comparação com o mesmo período do ano passado o suíno vivo sinaliza uma queda de 1,6% e se comparado ao mesmo período do mês passado a queda foi de 15,5%. Já no atacado as cotações apresentaram maior estabilidade, com exceção do Mato Grosso e Minas Gerais, onde a carcaça comum recuou dez centavos. Hoje a carcaça suína é cotada a R$ 4,82 na media diária da região Centro-Sul do país, queda de 22,5% se comparado ao mesmo período do mês passado.

"Mesmo com a recorrente desvalorização cambial, as exportações ainda seguem lentas, o que acabou elevando a disponibilidade interna e conseqüentemente fortalecendo o movimento de queda nas cotações do mercado interno", explicou o analista de Safras & Mercado, Allan Hedler.

No entanto, a expectativa é de que a partir de março os embarques voltem a melhorar, tendo em vista que durante o primeiro bimestre do ano tradicionalmente é observada uma queda nos embarques de carne suína, porém em 2015 essa queda foi mais acentuada, já que a Rússia, principal importador, importou apenas 10,5 mil toneladas em janeiro, queda de 8,3% se comparado a janeiro de 2014.

Hong Kong, segundo maior importador de carne suína brasileira, reduziu em 20,2% o volume total embarcado em janeiro, enquanto que a angola, terceiro principal destino dos embarques brasileiros registrou queda de 31,2% nos embarques.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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