O mercado brasileiro do boi gordo, como era de se esperar, teve um ritmo lento na comercialização na semana passada, sem "fluidez", em um período mais curto de negócios pós-Carnaval. Os preços seguem firmes tanto para o boi gordo quanto no atacado, com a oferta mais restrita
Segundo o analista da empresa de consultoria em agronegócios Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, com a lentidão e a semana com menos dias de negócios, houve encurtamento das escalas de abate, trazendo maior pressão sobre os frigoríficos nesses últimos dias da semana.
"Essa situação resultou em maior agressividade dos frigoríficos na compra de gado", comenta o analista, que indica que as cotações no atacado também já vão reagindo. Com a força compradora dos frigoríficos crescendo, natural o avanço, embora lento, nas bases de preços em parte das regiões.
A questão climática também é favorável a uma melhor sustentação dos preços. "A pastagem apresenta boa qualidade devido ao bom volume de chuvas no interior, o que resulta em maior capacidade de retenção por parte do pecuarista", indica.
Não foi uma semana de grandes altas nos preços, ou de altas generalizadas, mas sim de consolidação de um movimento de firmeza nas cotações, que pouco a pouco vão subindo diante de uma oferta mais controlada.
Em São Paulo, a arroba avançou de uma média da semana passada de R$ 144,00 para R$ 144,40. Em Mato Grosso do Sul, avanço de R$ 137,15 para R$ 137,50. Nas demais praças houve maior estabilidade. No atacado, no Estado paulista o quilo do corte traseiro subiu de R$ 11,00 para R$ 11,20 na semana, enquanto o quilo do corte dianteiro passou de R$ 6,23 para R$ 6,40.
Veículo: Diário do Comércio - MG