Inflação surpreende, e governo sugere frango no lugar de carne

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No acumulado em 12 meses, IPCA fica em 6,75%, acima do teto da meta para o ano, de 6,5%
Secretário de Política Econômica, Márcio Holland, sugere que consumidor escolha produtos mais baratos




A inflação de setembro veio acima do esperado por economistas, pressionada principalmente pela alta de alimentos e da energia elétrica, e o Ministério da Fazenda recomendou que os brasileiros reduzam o consumo de carne bovina, substituindo-a por opções mais baratas.

"Os consumidores precisam pensar assim: quando o tomate está em deflação, ele é um bom produto a ser adquirido nesse momento, em vez de outro produto que esteja em alta. Assim como a carne bovina, que está em alta, é recomendável migrar para outros produtos que substituam a proteína, importante na dieta cotidiana", afirmou o secretário de Política Econômica, Márcio Holland.

O secretário do ministro Guido Mantega sugeriu dar prioridade às carnes de frango e suína, que sofreram aumentos menores de preços. Também enfatizou o bom momento de alguns alimentos. "É importante dizer que diversos itens, faço questão de enfatizar isso, na mesa do consumidor brasileiro estão apresentando deflação, como tomate, batata, óleo, feijão, produtos muito importantes na mesa do brasileiro."

A inflação ao consumidor medida pelo índice oficial (IPCA) foi de 0,57% no mês passado, segundo informou o IBGE. No acumulado em 12 meses, o índice ficou em 6,75%, acima do teto da meta para o ano, de 6,5%.

Segundo o banco Itaú, o teto da expectativa do mercado era uma inflação de 0,50%.

Holland disse que o governo mantém sua estimativa de inflação fechando o ano em 6,2% --nos próximos três meses, a equipe de Dilma espera inflação menor do que nos mesmos meses de 2013.

O secretário frisou que o mês de setembro é normalmente um período de inflação mais elevada, e que neste ano essa tendência foi agravada pela seca.

Por causa da estiagem, o custo de algumas lavouras e da criação de gado cresceu. O preço da carne bovina subiu 3,17% em setembro.

Já a energia elétrica teve alta de 1,37% no mês, e de 13,19% no ano. "Uma demonstração que não sustenta a hipótese de represamento de preços", disse Holland, em referência a críticas de que o governo tem segurado preços regulados, como o de energia e combustíveis, para conter a alta da inflação.

"É fundamental para a sociedade ter a inflação sob controle, dá ambiente de previsibilidade, e estamos conseguindo isso há 11 anos."

Segundo ele, o controle da inflação demanda redução de custos de produção, aumento nos investimentos e qualificação de profissionais.



Veículo: Folha de S. Paulo


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