"As exportações de carne suína devem crescer", diz Luiz Fernando Furlan

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Ex-ministro do Planejamento e membro do conselho de administração da BRF afirma que a empresa tende a conquistar crescimento no mercado externo



Com cerca de 46% das vendas concentradas no mercado externo, a BRF vive um momento positivo e deve conquistar crescimento das exportações no próximo trimestre. A carne suína catarinense, que tem forte apelo pela garantia de sanidade animal, é o item que deve apresentar o melhor desempenho. As informações são de Luiz Fernando Furlan, membro do conselho de administração da companhia e neto do fundador da Sadia, Atílio Fontana.


Em evento do LIDE - Encontro de Líderes Empresariais, em Florianópolis, nesta terça-feira, Furlan destacou a abertura dos mercados chinês e russo como fatos importantes para o crescimento das exportações. De acordo com ele, a BRF tem feito investimentos no mercado internacional, com a aquisição de distribuidores para reforçar a presença da empresa no exterior.

Para o mercado de frango, a empresa aposta na abertura de nova unidade Abu Dhabi, nos Emirados Árabe, em um investimento avaliado em US$ 120 milhões. A planta, de acordo com Furlan, será fundamental para a consolidação da marca no Oriente Médio. A BRF atua com o nome Sadia na região.


Ex-ministro do Planejamento no governo Lula, Furlan afirma que os custos com a logística e escassez de mão de obra representam grandes entraves para o crescimento da BRF em Santa Catarina. Os custos de transporte encarecem a produção de proteína animal, principalmente pela dificuldade de deslocar grãos de milho e soja usados nas rações.

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Com relação à contratação de pessoas, a empresa já começa a trabalhar para ampliar a automação nas plantas industriais.

— As pessoas no interior do Estado estão atraídas por empregos no comércio e serviços, migram para outras regiões para estudar e passou a ser difícil encontrar pessoas — afirma Furlan.

De acordo com o ex-ministro, o fato de os ambientes das indústrias da BRF terem  temperatura média de 12 a 15 graus e exigirem esforços repetitivos dos funcionários dificultam a contratação. Na planta de Concórdia, a desossa de coxas de frango já é feita por um equipamento automatizado que escaneia os pedaços e realiza o trabalho mecanicamente.

 


Veículo: Diário Catarinense


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